Peço desde já desculpa aos meus leitores assíduos (cof cof) por não ter desejado um Feliz Natal, mas não fui muito preenchida pelo espírito natalício este ano...talvez para o ano...
Vamos entrar daqui a poucos dias em 2009 e eu ainda vivo em 2007. O melhor ano, sem dúvida. A Marlene diz que temos de passar a passagem de ano igual à passagem de 2006 para 2007, pode ser que dê sorte. Mas claro que isso é muito pouco provável...
Enfim...a nostalgia chega nestes dias...e mais chegará na meia-noite. 2008 foi o primeiro ano de uma vida vulgar da qual entretanto já me habituei mas na qual não pretendo ficar muito tempo... Tenho saudades...que nestas alturas renascem.
O que é que tens para me oferecer 2009?
Nothing...I guess...
"Conheci a perfeição da mais bela ilusão
Não preciso da retenção do teu falso perdão
Para me dares quase tudo
Tiraste-me quase tudo
Paciente, omnisciente, cego, surdo e mudo (...)
Ao principio foi difícil
Mas vai valendo a pena,
Nunca pensei que a vida pudesse ser serena
Sem ti, ao lado de ti,
Para ti, só para ti
Para não me esquecer de ti
Escrevo sobre ti
Reduzo-te agora ao teu verdadeiro valor
Só no meu imaginário
Poderias ser o meu amor
Este é o primeiro dia do resto da minha vida
Aproveito para te escrever
A minha despedida
A ilusão, desilusão."
Da Weasel (que a propósito vão tocar na Praça do Comércio no último dia do ano.)
27/12/2008
22/12/2008
Retrato
Hoje encontrei esta montagem no meu computador e pensei sobre ela.
Irónico. Postei-a um dia no blog antigo e a frase que vinha com ela era "Eu sou Feliz porque tenho Amigos... :')" (http://www.fotolog.com/por_uma_noite/27323585,podem confirmar por voces mesmos)
Impossível não olhar para a foto e pensar qualquer coisa que seja...Os meu amigos sempre ocuparam grande parte de mim, às vezes mais do que deviam...sempre me agarrei a eles mais do que a outra coisa qualquer, e era com eles que encontrava os melhores abraços, as melhores palavras, os melhores momentos...
É bonito olhar para esta foto agora. De umas perspectiva quase que oposta à que sentia na altura, dia 10 de Julho de 2007. Sim, muitas coisas mudaram. A começar por desilusões.
Gostava de ouvir um pedido de desculpa às vezes. Pessoas que estão comigo num retrato com um sorriso feliz e que...eu simplesmente acho que merecia um pedido de desculpas. E às vezes apetece-me ligar e perguntar "Olá. Sou eu. Não ficou qualquer coisa por dizer?". Mas enfim...
Perguntam-me às vezes se me esqueci e perdoei. E eu respondo que não a ambas.
A amizade é uma coisa tão bonita mas tão passageira se não cuidarmos dela, se não olharmos para ela de vez em quando e dizer o que se pensa que já não preciso mas é sempre preciso...é sempre preciso um "Gosto tanto de ti."
Enfim...
Um muito obrigada aos que continuam comigo e me aturam as birras. Um muito obrigada aos que não estão na fotografia mas que já fazem parte da minha vida.
E aos que desistiram da minha amizade...um beijinho e um bom Natal.
18/12/2008
Fuck it...
Estou farta de ti, Amizade.
Em raras excepções não. Mas nas outras está-se a tornar uma bolha que se vai enchendo...faz-me ter atitudes infantis e não me apetece pensar nelas.
Era bonita a Amizade antes de a ter conhecido em forma de desilusão. Era bonita quando era natural...quando não havia esta coisa estúpida que vocês fazem ainda não percebi muito bem porquê mas riem-se...e ficam felizes...e ficamos três contra um. E eu afasto-me, ando mais devagar, não quero ir ao vosso lado, não quero ser apenas motivo de riso.
Estou farta. Farta da vossa amizade de plástico.
Em raras excepções não. Mas nas outras está-se a tornar uma bolha que se vai enchendo...faz-me ter atitudes infantis e não me apetece pensar nelas.
Era bonita a Amizade antes de a ter conhecido em forma de desilusão. Era bonita quando era natural...quando não havia esta coisa estúpida que vocês fazem ainda não percebi muito bem porquê mas riem-se...e ficam felizes...e ficamos três contra um. E eu afasto-me, ando mais devagar, não quero ir ao vosso lado, não quero ser apenas motivo de riso.
Estou farta. Farta da vossa amizade de plástico.
12/12/2008
Simples.
O meu instrutor de condução no outro dia disse-me que tinhamos de agarrar o amor da nossa vida...que esse sentimento só acontecia uma vez e que se deixassemos escapar nunca mais o recuperavamos...poderiamos namorar ou até casar com outra pessoa, ter filhos dela, morrer junto a ela...mas não era Aquele Amor...
Ri-me. Faz-me rir a maneira dele falar. E não liguei ao que ele disse no momento, mas depois fui a pensar nisso...a pensar que nunca me iria acontecer. Que ia ser persistente.
Mas...e se esse Amor já não se foi?
Toda a gente nos últimos tempos me pergunta se sou feliz...porquê? Tenho cara de não ser? Ar de não ser? Pareço não ser?
Perguntam-me se sou feliz contigo... Sim, sou feliz contigo. Mas de facto não é Aquela felicidade... E a culpa não é tua, é de outra coisa. Outra perda.
Sempre pensei que a nossa relação era diferente. Não havia aquela coisa do "no ínicio é sempre tudo mais bonito"...porque as coisas deixaram de ser assim tão bonitas tão lentamente que nem reparei...só hoje olhei para trás e vi que realmente...no ínicio era tão bonito.
Há momentos em que não há dúvidas...e outros em que não há certezas.
Ri-me. Faz-me rir a maneira dele falar. E não liguei ao que ele disse no momento, mas depois fui a pensar nisso...a pensar que nunca me iria acontecer. Que ia ser persistente.
Mas...e se esse Amor já não se foi?
Toda a gente nos últimos tempos me pergunta se sou feliz...porquê? Tenho cara de não ser? Ar de não ser? Pareço não ser?
Perguntam-me se sou feliz contigo... Sim, sou feliz contigo. Mas de facto não é Aquela felicidade... E a culpa não é tua, é de outra coisa. Outra perda.
Sempre pensei que a nossa relação era diferente. Não havia aquela coisa do "no ínicio é sempre tudo mais bonito"...porque as coisas deixaram de ser assim tão bonitas tão lentamente que nem reparei...só hoje olhei para trás e vi que realmente...no ínicio era tão bonito.
Há momentos em que não há dúvidas...e outros em que não há certezas.
07/12/2008
.
Não sei como começar este post...Tenho coisas e coisinhas a rebentarem dentro de mim, vivi e vivo ainda uma explosão de sentimentos dos últimos 3 dias.
Sexta-feira à tarde estive com uma pessoa que, a partir daquela tarde, passei a considera-la como minha amiga. Começámos nas conversas banais de pessoas conhecidas..."Então novidades? Como é que está o vasquinho? E a faculdade? E o namorado? E a tua irmã?" E não sei como a conversa foi parar ao meu ponto fraco. Falei-lhe do que sentia de uma forma prática e eficaz, como se nem sequer se trata-se de sentimentos mas de uma equação matemática. Disse o que sentia e o que queria com a franqueza que nunca tive com mais ninguém. Teve de ser assim, senão desatava a chorar. Ela disse-me o que eu já sabia mas que dito por outra pessoa ganha outra força.
Seguiu-se o fim-de-semana.
"A velhice é uma coisa bonita quando bem acompanhada, senão não presta para nada".
Foram as últimas palavras dele escritas numa folha de papel que guardava religiosamente na carteira escondida de toda a gente...até ao dia.
Já lidei muitas vezes com a morte...mas nunca com a de alguém tão próximo. Ainda não chorei o que queria chorar. Não tive tempo. Tive de morder os lábios, as mãos e os pés se fosse preciso para não chorar a frente de pessoas que sentiam mais que eu. Conheci pessoas da minha família que só via em fotos a pegarem-me ao colo, outras que já não via há muito tempo e que reconheci logo e outras com quem lido diariamente e que choravam como eu nunca tinha visto.
Ontem e hoje choveu. Houve alguém que disse ontem no velório que as pessoas caíam com as folhas do Outono. Talvez, pensei eu.
Quis mandar uma mão de terra quando o caixão foi para baixo, mas a minha mãe puxou-me pelo braço...não me despedi dele.
O meu padrinho ontem disse-me que o luto era como um processo e não como um sentimento. Talvez...não sei.
Estou triste. Colo a minha alma à chuva que cai e fico a olhar para ela.
Toda a gente se despediu de mim com um beijinho e um "espero que consigas tudo o que desejas"...
Também eu...também eu...
Sexta-feira à tarde estive com uma pessoa que, a partir daquela tarde, passei a considera-la como minha amiga. Começámos nas conversas banais de pessoas conhecidas..."Então novidades? Como é que está o vasquinho? E a faculdade? E o namorado? E a tua irmã?" E não sei como a conversa foi parar ao meu ponto fraco. Falei-lhe do que sentia de uma forma prática e eficaz, como se nem sequer se trata-se de sentimentos mas de uma equação matemática. Disse o que sentia e o que queria com a franqueza que nunca tive com mais ninguém. Teve de ser assim, senão desatava a chorar. Ela disse-me o que eu já sabia mas que dito por outra pessoa ganha outra força.
Seguiu-se o fim-de-semana.
"A velhice é uma coisa bonita quando bem acompanhada, senão não presta para nada".
Foram as últimas palavras dele escritas numa folha de papel que guardava religiosamente na carteira escondida de toda a gente...até ao dia.
Já lidei muitas vezes com a morte...mas nunca com a de alguém tão próximo. Ainda não chorei o que queria chorar. Não tive tempo. Tive de morder os lábios, as mãos e os pés se fosse preciso para não chorar a frente de pessoas que sentiam mais que eu. Conheci pessoas da minha família que só via em fotos a pegarem-me ao colo, outras que já não via há muito tempo e que reconheci logo e outras com quem lido diariamente e que choravam como eu nunca tinha visto.
Ontem e hoje choveu. Houve alguém que disse ontem no velório que as pessoas caíam com as folhas do Outono. Talvez, pensei eu.
Quis mandar uma mão de terra quando o caixão foi para baixo, mas a minha mãe puxou-me pelo braço...não me despedi dele.
O meu padrinho ontem disse-me que o luto era como um processo e não como um sentimento. Talvez...não sei.
Estou triste. Colo a minha alma à chuva que cai e fico a olhar para ela.
Toda a gente se despediu de mim com um beijinho e um "espero que consigas tudo o que desejas"...
Também eu...também eu...
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