29/07/2008

Amarga Ervilha



E o que é que eu ganhei em gostar de ti?
O que é que eu ganhei em abdicar da minha vida por ti? Por momentos tão cheios de nada, tão vazios e inseguros...
O que é que eu ganhei se hoje sou transparente? Se hoje não me posso gabar de te ter...se já não conheço aquele lugar de perto...se o deixei caminhar no tempo sem lhe dar a mão porque estava magoada, porque queria solidão, porque precisava de me sentir inútil.
E para quê?! Porque me chamas-te para as tuas quatro paredes e me incluiste nesse sonho se sabias que não ia durar o suficiente?!

E tudo se resume a uma extrema, imensa, intensa e dolorosa saudade.
Uma saudade que mói...que recorda tudo o que vivi...que mergulha nos meus pensamentos longe como o pôr-do-sol...que me deixa com um bocadinho visível em forma de lágrima e finalmente apercebo-me da realidade.

Parei no tempo. Para ti foi isso que fiz...estou a espera que tenha coragem de te pedir que carregues novamente no play mas que deixes tudo o resto de volta ao nada, não quero ser o que fui mas quero que tudo à volta seja o que já foi. Sou egoísta porque me fizeste assim, porque se eu tivesse sido sempre egoísta poderia ainda não conhecer esta saudade...

Ao menos se não queres vai embora...ao menos se não queres não me atormentes mais...já não sou eu que te procuro...longe de ti ainda te penso mas não o digo, nao divulgo, não recomendo...agora só te peço, se te queres continuar a ser, se-lo longe de mim.