01/12/2011

Hunf.

Percebi hoje que estou profunda e indignadamente zangada.

Zangada com essa coisa a que chamam de amor.

26/11/2011

Tungas.

You lost the love I loved the most
(...)
I learned to live, half alive
(...)
And who do you think you are?
Running 'round leaving scars
Collecting your jar of hearts
And tearing love apart
(...)
But I have grown too strong
To ever fall back in your arms
(...)
Dear, it took so long just to feel alright
Remember how to put back the light in my eyes
I wish I had missed the first time that we kissed
Cause you broke all your promises
(...)
You don't get to get me back
(...)
So don't come back for me
Don't come back at all

Who do you think you are?!

20/11/2011

Living abroad makes you... #1 Watch Series

Hoje acabei de ver mais uma série e percebi a quantidade de séries que tenho visto desde que vim viver para fora. Por isso decidi fazer um post contando todas as séries que vi, seguidas, até agora, em 1 ano e poucos meses. Aqui vão elas, por ordem cronológica:

1. Sex and the City


2. Ugly Betty


3. Gilmore Girls


4. Grey's Anatomy


5. Will and Grace


6. The Middle


7. How I met your mother


8. Parenthood

16/11/2011

Uma conversa a dois.

Sei que ontem tentaste transcrever, como deve de ser, mais do que 2 frases. Bem sei o que sentes e não sei o que fazer para te confortar quando choras no meu peito. Queria que soubésses que somos fortes, que já passámos por essas barreiras todas que muitos adolescentes nem sonham. Já passámos por tanta coisa e sobrevivemos. Olha para nós agora! Sobrevivemos a todos esses contratempos.

Sei que não vale a pena nada. E talvez por isso se cansaram já de nos tentar confortar. Porque estamos sozinhos neste caminho e isso não é triste. Não, não é triste. Porque fomos nós que o quisemos seguir desta maneira e, eu sei que dói tanto dizer isto (ai! como dói...) mas valeu a pena. Não acreditas, e nem eu acredito que assim foi, mas olha mais para trás...já sentimos isto, lembraste? Não faz mal.

Não faz se ontem não conseguiste transcrever mais e quiseste apagar tudo porque as lágrimas não deixavam a linha do pensamento seguir. Eu gosto quando choras. Prefiro tantas vezes mais quando choras, ao invés de apertares aí dentro como se nada nunca mais fosse ficar bem.

Vamos ter de sofrer só mais um bocadinho, pode ser? Mas está quase...está tão quase.

15/11/2011

Ainda...

Podias só... Não sei.




Talvez, podias só ter visto que eu não merecia uma mão cheia de nada.
Talvez.

06/11/2011

Heart in a Box

- Why can’t Kate choose Naten?

- She is going to.

- Wait. Really?

- Yeah, for now. For now she will get to see how it feels like to be with Naten.

- So what? They are going to be together for few more books and then she goes and picks Alexander?

- Yeah. Probably.

- What is wrong with you?? I mean…why do you hate Naten so much?

- I don’t hate Naten, I love him! Probably as much as you apparently do. He’s kind and funny and incredibly honest… It’s Kate. She doesn’t love him.

- She should…

- I know...

- It’s not fair…

- I know…

Grey's Anatomy

28/10/2011

Lições

A vida é uma lição. Uma lição gigante com vários pontos.

Tenho tido medo de ir dormir por uma razão. Porque todos os dias são dias novos. Acordo com aquele pensamento...aquele pensamento em alguém a que o meu corpo, o meu cérebro e o meu coração estavam demasiado habituados a pensar. E todos os dias tenho de o bloquear, tenho de fazer um esforço. E quando vou dormir estou sempre tão bem. Tão segura de mim. Tão, até, feliz.

Mas o dia a seguir sei que vai ser um esforço de novo. Todos os dias travo a mesma batalha, como se dentro de mim, durante o sono, me esquecesse do me trouxe aqui. Como se o meu coração quisesse ter amnésia por momentos.

Então tenho medo de dormir. Porque vou dormir cheia de certezas e acordo sem nenhuma. E passo o dia a colectá-las e, no fim, quando tenho imensas de novo...vou dormir...

Mas hoje. Pela primeira vez. Hoje o meu coração acalmou-se por momentos. Deixou de bater a esse ritmo alucinante que tem batido. Foi quando vi as fotos do facebook nas quais fui identificada durante o último ano.

O EMBC...a bélgica...a irlanda...a frança...tanta coisa que vivi sem ti. E consigo. Consegui. Lembrei-me que fui feliz. Lembrei-me que sou feliz. Que posso ser feliz. Que vou ser feliz.

Bate devagar coraçãozinho...continua a bater devagar por favor...

25/10/2011

Em cheio...

"
At some point you will realize that you have done too much for someone, that the only next possible step to do is to stop. Leave them alone. Walk away. It's not like you're giving up, and shouldn't try. It's just that you have to draw the line of determination from desperation. What is truly yours would eventually be yours, and what is not, not matter how hard you try, will never be.
"


E o medo de adormecer passou. Hoje. :)

24/10/2011

O meu novo medo...


...de adormecer.

Explicações para mais tarde.

Bad days sometimes turn out to be good...

Foi um dia difícil hoje. Difícil para o coração que batia tão acelerado. Não sabia o que fazer com ele, está tão chateado comigo, por estar a fazê-lo passar por tudo isto outra vez.

Mas todos os dias maus acabam por ter algum significado. Tenho aprendido com cada momento a sós que passo. Mas mais tenho aprendido quando falo com alguém. Quando falo sobre a vida, sobre o que passei, sobre os momentos que dolorosamente aparecem na minha cabeça para me lembrar do que perdi. E falo deles com todos os pormenores. E quanto mais pormenores lhes meto mais percebo o ridículo que eles parecem, o ilusório que eles são.

Por isso tive de me chatear com a Ana e dar razão à outra. Hoje teve de ser. Ela sabe, está enrolada num canto a lamentar-se, mas sabe que não fez bem.

Sou diferente. Tenho um passado diferente de toda a gente, como toda a gente. Já chorei, já sofri, já perdi, já quis perder... E hoje deveria saber mais. Esta dor que a vida me foi pondo nos ombros, todas as perdas, todas as desilusões...este sábio caminho que já tinha percorrido...eu deveria saber mais. Deveria saber dizer que não à Ana. A Ana que acha que tudo vai dar certo, que um dia ele vai acordar e dizer que a ama como ela sempre quis. Que um dia ele vai querer ir à praia cedo ou visitá-la assim que ela sair do hospital, nem mais um minuto. A Ana é tão ingénua que mesmo quando tudo acaba ela pensa que tudo foi perfeito. Então hoje tive de me chatear com ela. Quando ela pôs o nome de "Amor" ao peixe...quando ela permitiu deixá-lo como prova de sei lá eu do quê (eu, a outra) então eu tive de me chatear com ela.

Fui sair. Fui ver um filme. Escalar uma montanha. E quando cheguei estavam os rastos da Ana no quarto. A roupa por todo o chão, as chaves caídas, meias usadas em cima da cama, fios, camisolas, cobertores, pijamas, almofadas, tudo espalhado... Foi a Ana que, apesar de ser muito mais organizada que a outra, se descuidou. Descuidou se porque estava magoada. Afinal também ela se desilude. Mas acho que foi a primeira vez. Foi o primeiro balde de água fria.

Vai passar Ana. Um dia vai passar.

23/10/2011

20/10/2011

"The hours"

Best scene of the best movie.



"You cannot find peace by avoiding life, Leonard..."

19/10/2011

Filha da ****


Só para que este dia fique registado na história.

Dear Future Ana,
Please stop falling in love with bastards.
Thank you.

17/10/2011

As duas faces da moeda

Os meus sonhos transportam-me para uma realidade diferente. Sempre assim foi. Transportam-me pelas memórias do passado, de pessoas antigas, às vezes que já esqueci que fizeram parte da minha vida. E não sei porque esses sonhos existem. Porque são sonhos que tornam o dia seguinte confuso, fora de si. Que magoam até, por vezes. E que se eu seguir os impulsos que esse sonho coloca em mim é como transportar uma ilusão para a realidade. As pessoas acham que estou louca. "Mas porque está ela a falar disto agora?" Acham as pessoas, com certeza. E porque estou eu? Porque sou eu tão vulnerável ao que a minha subconsciência me diz? Porque não consigo eu aceitá-la e seguir em frente e esquecer o incrédulo sonho?

Mas sempre fui assim. Sempre pintei mais do que devia. Quando já não há mais espaço para pintar, quando já não há branco no branco da folha, eu pinto o amarelo em cima do verde, o verde em cima do laranja. Mudo de opinião, ou simplesmente não consigo parar. Acho que não faz mal.

E se calhar é essa a lição que tenho de tirar. Que às vezes faz mal. Que às vezes há coisas que fazem mal. Sempre fui fã de fazer o que pensava. Se queria fazer fazia e "depois logo se vê". Sempre fui contra as regras do senso comum. Quando tinha 10 anos atravessei a IC19 a pé.

Mas depois chega-se a um sítio interior, um caminho estreito e meio que esquisito e não se sabe bem. Não me arrependo de nada do que tenha feito por instinto, intuitivamente. Mas talvez um dia me arrependa, e quero ter a sorte de parar a tempo, mesmo no ponto, mesmo no momento. Estou chateada comigo mesma. Não me obedeço. Sou Gémeos, tenho sempre duas Anas dentro de mim a lutar por cada coisa que cada uma acredita. Mas eu sou mais sonhadora que realista, sou mais arrumada que desarrumada, mais organizada que desorganizada, mais extrovertida que consciente, mais impulsiva que racionalista. Então essa minha Ana ganha quase sempre. E a outra acaba por lhe dar razão porque, geralmente, acaba sempre bem.

Mas hoje há um ambiente esquisito entre elas. Como que uma guerra silenciosa, de olhares insultuosos mas tristes. E se desta vez a outra tiver razão? Se desta vez tiver de dar a vez à consciência, deverei mesmo tentar queimar-me no fogo? Porque a Ana está-se a tornar egoísta de tanto ego. E eu caracterizo-me por essa pessoa amarela, de camisola com flores rosa, de cabelo vermelho e sempre sentada na relva a rir, de pernas abertas.

Por isso hoje foi complicado. E a guerra silenciosa prevê-se que continue. Pelo menos até uma delas dar o braço a torcer.

E eu, secretamente, espero que seja a outra.

Addiction

15/10/2011

"Acima do sol"

Percebi a razão pela qual não tenho escrito no meu blog.
A razão pela qual ainda não tinha experimentado falar com a M. e com o R. numa video-conferência no skype.
Ainda não tinha aparecido em casa da H. e da D. de surpresa com o meu disco rígido para vermos um filme qualquer.
Ainda não tinha experimentado a relva do lado do sol da Universidade quando as aulas acabavam.
A razão pela qual ainda não tinha comprado uma garrafa de sangria de 2L a meio da tarde só porque sim.
Ainda não tinha pedido à I. para ir ao skype e falado com ela 1hora e 20minutos.

A razão chama-se Amor. O amor enche-nos de esperança, enche-nos o coração de tal maneira que achamos que não precisamos de mais nada. Que não precisamos de ir sair, que somos crescidos, que devemos ligar o computador de tarde, que devemos falar ou mesmo só ficar calados com o telefone ligado... O Amor preenche-nos de tal maneira que quando ele acaba tudo se acaba com ele.

E às vezes é bom quando o Amor acaba. Porque é nessas alturas que percebemos o mundo onde vivemos. Eu vivia no Brasil, com uma casa grande, com uma mesa grande e redonda à entrada, a sala coberta de puffs, um emprego na praia, um quarto no sótão com paredes de vidro. Vivia com uma filha e com um Amor. Vivia com uma certeza que não era certa, mas eu não sabia.

E quando me tiraram o Brasil, a casa, a mesa redonda, os puffs, a praia, o quarto e a filha...foi quando me tiraram o Amor. E quando me disseram "It will all get better, you have to give it time, I promisse" eu não acreditei. Mas hoje acredito. E hoje vejo além desse único amor cego. Vejo os outros amores, a passearem na minha vida, a acreditarem em mim. A querem falar comigo, estar comigo.

E sou feliz. Estou a viver um momento triste, mas sou uma pessoa feliz.


"Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis..."
Skank, Acima do sol

13/10/2011

E-mails that you receive and make you think...

"
Para refletir... e mudar!!!
Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas: - O seu marido faz-lhe feliz? Ele faz-lhe feliz de verdade?
Neste momento, o marido levantou o seu pescoço, demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu à pergunta com um sonoro "NÃO", daqueles bem redondos!

"Não, o meu marido não me faz feliz" (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima)

"O meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz!"

E continuou...

"O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, a minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.
Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se o meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma.
As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de 'experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza'. Quando alguém que eu amo morre, eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube dar valor a mim própria, porque o meu marido não é como eu esperava, porque os meus filhos não me fazem feliz, porque os meus amigos não me fazem feliz, porque o meu emprego é medíocre, e por aí vai.
Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e responsabilizo-me pela minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos.
Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade! SEJA FELIZ , mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém o tenha magoado, mesmo que alguém não lhe ame ou não lhe dê o devido valor.
Peça apenas ao Universo que lhe dê serenidade para aceitar as coisas que você não pode mudar, coragem para modificar aquelas que podem ser mudadas e sabedoria para conseguir reconhecer a diferença que existe entre elas.

NÃO REFLITA, APENAS MUDE ! E SEJA FELIZ !

"

:)

12/10/2011

Never mind, I'll find someone like you



Pum.

You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summery haze
Bound by the surprise of our glory days...

Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead...

05/04/2011

# 2

I don't wanna be the girl who never wants to be alone
I don't wanna be that call at four o'clock in the morning

When it's good, then it's good, it's so good, 'till it goes bad
Till you're trying to find the you that you once had
I have heard myself cry never again
Broken down in agony and just trying to find a friend

Pink

Amor porque sim.

Hoje em dia o amor já não é Amor. E é por isso que as pessoas de hoje demoram tanto tempo a dizer que amam alguém. Porque o amor hoje em dia são contractos assinados e combinados, é feito de datas de momentos históricos, clausulas a cumprir e leis a respeitar.

Hoje em dia quando se discute, não se grita. Diz-se antes "Querido, acho que devias mudar o teu corte de cabelo".

Hoje em dia quando nos sentamos para falar do que se passa de mal nas relações é como ir ao banco perguntar porque é que o dinheiro depositado só caiu 2 dias depois, porque é que o cartão expirou sem aviso prévio, de onde vem aquele dinheiro que foi tirado no dia X...

Hoje em dia, quando se conversa fala-se amigavelmente da clausula assinada uma semana antes e que foi desrespeitada as tantas horas do dia tal. E de como isso pôs em risco todo o contracto em questão.

Mas o Amor. O Amor a sério. O Amor de antigamente. O Amor de faltar as aulas para fazer kilómetros por alguém, o Amor de dormir na porta de um prédio à espera, o Amor de ficar a conversar até o sol nascer, o Amor de mergulhar no mar à noite só porque...sim...o Amor "só porque sim" partiu. Vive apenas nos corações dos românticos de hoje em dia que, como eu, esperam encontrar um Amor igual. Nos românticos que, como eu, ainda se enchem de esperança de um dia encontrar, perdida, numa alínea de uma clausula do contracto:

A razão do amor ser assim é porque...






é porque sim.

26/03/2011

#


Nobody said it was easy...

They just said it was worth it.

09/03/2011

Timing

Hoje foi dia de pensar e seguir impulsos.

Foi dia de pensar no quão longe a vida me levou do que quero ser. Dia de olhar ao espelho, de perceber o que está mal. Dia de querer mudar.

É sempre tão difícil escolher um caminho. E a possibilidade de errarmos na escolha é sempre tão grande, que às vezes só queria poder ficar quieta, sentada na bifurcação e nunca escolher. Nunca ser preciso escolher, viver em bifurcações e rotundas do tempo...nunca ter de escolher uma saída ou uma entrada. Nunca haver a possibilidade de errar, de falhar a felicidade por um triz.

Às vezes só quero isso. Só quero inventar um mundo para mim, para as minhas regras, onde cabem todas as minhas imperfeições e onde as perfeições são valorizadas à sua maneira autêntica.
E quero fugir. Fugir para mais longe. Percebi que preciso de fugir não geograficamente, porque mesmo na Bélgica fugir ainda faz sentido. Preciso de menos, muito menos. Preciso de muito menos do que o que tenho no meu coração. Preciso de esvaziar a reciclagem, de conseguir fechar esta pasta...de carregar no botão vermelho em cruz. É só isso. É só isso que preciso de fazer.

Já não sou feita dessas folhas de papel. Essas palavras, esses textos, esses sentimentos...já nada disso me pertence. Mas já percorri tanto este caminho, já cheguei tão longe, já passei tantas barreiras que agora...agora na pedra mais pequena já não tenho forças para saltar outra vez. Preciso de voltar para trás, de fazer todo o caminho de volta. De arranjar pão e água e pernas para fazer todo o caminho de volta. E ver o sol baixar e levantar todos os dias sem ti. Só com pão e água e pernas para sair deste caminho, para voltar para trás.

Lembrei-me do nome certo. Vou pô-lo como título deste post. O nome é timing. A razão de todos os problemas de todas as vidas de todas as pessoas é timing.
Somos infelizes quando vivemos em desacordo com o exterior. Quando não damos nada a alguém que nos dá tudo e quando damos tudo a alguém que nos dá nada. É a ingratidão a que estamos sujeitos sempre que escolhemos o caminho. Uma decisão que só sabemos certa ou errada sempre tarde de mais. Será sempre tarde de mais para voltar atrás. Mesmo depois de um passo apenas, já é tarde demais. Já memórias foram construídas para serem destruídas, já implica esforço e coragem.

Sempre fui cobarde. Sempre esperei até ao último fio se partir. Apesar de sempre impulsionar falsos alarmes. Mas sempre soube. Sempre soube reconhecer o dia quando ele chegava. Hoje reconheci-o mal pela primeira vez. Talvez porque agora o esforço tem de ser maior, talvez eu o esteja a adiar, a empurra-lo para trás da porta, a pedir-lhe só mais um abraço, só mais um beijo, só mais uma mensagem.

Rasguei hoje o postal que te ia dar num impulso.
Je t'Aime era o que lá estava escrito.

14/02/2011

Que estranha forma de vida

arranjei vontade de escrever outra vez. no meio de critérios anti-tudo, nunca saberemos o que é mais importante.

vamos desde já aceitar que tomaremos más decisões até ao último dia de vida se neste estivermos conscientes. e más ou boas são decisões que, na verdade, não interessa muito o adjectivo que lhes pomos em cima. interessa a intenção.

quanto menos lisboeta sou mais lisboeta me sinto. sinto lisboa como nunca senti antes. levantar voo num céu claro que por mais forte que seja o sono que me quer serrar os olhos eles mantém-se abertos para te ver. as ruas que carrego no meu passado, as memórias que vivi no seio dessa terra minha. e de um dia para o outro apaixonei-me por fado. foi uma saudade que me ligou a ele. a saudade da minha terra.

"que estranha forma de vida tem este meu coração"

19/01/2011

Adolescência

Só hoje percebi que acabaste...