Ontem o Espírito Natalício pousou em mim. Um tanto ou quanto alegre e determinado. Ainda é cedo, ainda se comem muitas castanhas e se vive sorrateiramente o Magusto, o dia de S. Martinho.
Mas ontem foi diferente. Cantei músicas que não cantava desde os tempos da primária em que fazíamos árvores de natal com papel verde e brilhantes dourados e Pais Natais com cartolina vermelha e algodão. Fui feliz. Respirei um ar novo, de criança que abre os presentes uma semana antes do Natal e brinca com eles ansiosamente, mas que mesmo assim quando os abre à meia-noite a magia nunca desaparece e o sorriso é cada vez maior.
Ia fazer um post no outro dia para mostrar a minha fúria da bela árvore de Natal da Baixa ter sido transferida para o Porto. O último ano dela foi em 2006. O último ano meu também. Levou para o Porto o resto de alegria natalícia que ainda sentia naquela altura, nas passagens de ano passadas na Praça do Comércio a ouvir Rui Veloso ou João Pedro Pais, com uma chuva de champanhe que marcava a entrada no novo ano.
A pouco e pouco fomos crescendo. 365 dias depois, a minha passagem de ano foi noutro local, e desde aí tem sido sempre noutro lugar. Apesar de, sem querer, pensar sempre no resto de mim que ficou por dar ali.
Descobri que se calhar este espírito de Natal está intimamente ligado com o amor. Ontem deixei fugir uma lágrima. Sem certezas. Não sei o que era nem porque existia. Foi assim apenas.
1 comentário:
(é pk tu és naba, se clicares na imagem ela aumenta sim oh)
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