Chegámos a 2012 e nada me fazia prever o modo como arranquei este ano.
Tenho ouvido as experiências das pessoas por vontade própria, porque me sinto na necessidade de saber que é possível vir o sol após uma tempestade, algo que no fundo sei mas que nem sempre vem ao de cima.
Disseram-me que o passado não nos define, ou pode não nos definir. Espero que assim seja, não quero que eu fique definida pelo que deixaste em mim.
Talvez seja isso, talvez precise de escrever uma carta para ti como sempre escrevo quando estou triste. Talvez esta seja a minha maneira de lidar e aceitar a dor. Talvez. Mas pela primeira vez sinto que não vale a pena pôr em palavras o que se passa comigo. Sinto que desiludiria o mundo se fizesse, que é uma dor demasiado grande para partilhar, que ia deixar triste os corações felizes.
Quero saltar para aquele dia em que vou ler este post e vou pensar "Boa, ultrapassei". Saltar para o dia em que nada passou a ser mais do que uma lição de vida, um calo no meu coração.
Espero ter coragem. Porque amar é algo que nos suga o sangue e a alma aos bocadinhos. Por todos os amores que passei, só espero ainda ter sangue e alma que chegue para amar de novo.
E ser feliz. De novo. Não, mais!
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