14/03/2008

Aula de Química - 10h09min

Alguém falou e eu nao quis. Alguém tocou na ferida sem querer e eu decidi refugiar-me numa folha dos apontamentos e no lápis que tinha a mão. E escrevi.

O que é que me quiseste dizer com isso?
Não percebo...
Não percebo como é que esse meu mundo me escapou das mãos assim, não me apercebi que estavas cego de entusiasmo e pensei que durava para quase sempre, ou até ao tempo de eu me cansar.
Já não sei por onde pensar mais...nada me acalma...agora que já não me pertences apareces na minha vida todos os dias e só me apetece pedir ajuda...
Custa tanto já não te ver passar na minha vida mesmo que banalmente...como se fosses já parte de mim e era impensável estarmos separados...porque já foi realmente...
Hoje corria pelos teus cantos outra vez. Com um sorriso maior e uma lágrima de felicidade.
Tenho saudades. Digo que não mas minto porque eu morro de saudades tuas. Dou por mim a respirar o impacto que tiveste na minha vida como se fosses ainda uma prioridade. Esqueço-me ás vezes que já não o és, e também me esqueço do frio que me trouxe pôr-te em primeiro lugar que tudo...das abdicações, do desespero, do cansaço...e tudo era compensado por breves momentos perfeitos...
Contrabalançando deixou de fazer sentido a minha vida na tua, ficou desiquilibrado o bem que me fazias e os problemas que causavas.
Fui cobarde. Foste tu depois e eu culpo-te por isso todos os dias, mas fui eu também. Porque é fácil ficar e aguentar, é fácil esforçarmo-nos para ignorar e seguir para a frente...aliás, não é fácil mas é mais fácil do que ir embora, do que arrumar as coisas e deixar tudo para trás, virar as costas a algo que nos preenche tanto mas nos rouba tanto mais...porque somos substituíveis e indiferentes.
Díficil é cair na realidade e parar de sonhar e de acreditar. Díficil é dar realmente tudo e acabar sem realmente nada. Vazios no meio de um deserto de emoções descontroladas. Entregues a nós próprios porque ninguém sente o mesmo da mesma maneira, muito menos se nunca o viveu.
Humilhação. Trouxeste-me tanto. E as pessoas...as pessoas não percebem, as pessoas não percebem mesmo mesmo nada. Existe uma mão cheia de boas recordações que eu quero apagar e não sou capaz...
Gostava de nunca ter caído ao acaso no teu falso paraíso.
Gostava de nunca me ter apaixonado por essa falsa aparência.
E dói...dói porque...porque dói, não sei...




"É só isso...não tem mais jeito...acabou, boa sorte. Não tenho o que dizer, são só palavras, e o que eu sinto não muda."

2 comentários:

Divinius disse...

Um pijaminha para ti*

Morcegos no Sótão disse...

Lamento tanto...

Também sei...

MJNuts *