O Bá .

O Bá é o meu hamster. Sim, tem um nome estranho mas com sentido. O Bá é corajoso porque cheira o focinho do Vasquinho enquanto ele ladra para a sua gaiola.
O Bá vive numa gaiola tipo palacete, é grande e tem o nome dele escrito a vermelho com um grande sorriso - fui eu que fiz! O Bá gosta da sua gaiola porque anda sempre de um lado para o outro e pendura-se em tudo o que é grades.
Um dia o Bá fugiu. E eu com medo fechei a sala a espera que ele aparece-se. Pus pedaços de queijo em tudo o que era sitio e nada!! Demorou um dia até que ele me fosse cheirar os pés ao sofá enquanto eu já chorava a pensar que nunca mais o ia ver. E foi nesse dia que percebi que o Bá é muito mais que um hamster fofo! É o meu Bá. Que morde a toda a gente menos a mim! E quando eu lhe vou por comida, ele espreita da sua caminha e vem a correr.
No outro dia, o Bá não conseguia abrir o olho direito. E foi quando eu me lembrei que o Bá está a ficar velhote. Agora tenho medo. Tenho medo de um dia encontrar o Bá sem mexer os bigodes à medida que respira, ou sem andar na rodinha vermelha que faz muito barulho.
Olhar para o Bá, em tempos já me fez lembrar momentos tristes, para mim ele é uma caixinha de recordações que trás com ele tantas outras memórias já enterradas. É um hamster tão pequeno mas tão grande.

É o meu Bá.

That's Where I'm Going To

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Mundos Paralelos

Há mil mundos paralelos ao real, pelo que consta. Mil mundos onde penso que poderia haver sempre algo mais para preencher o vazio e mil mundos onde existe tudo mas falta sempre algo.

Existem mil mundos prontos a provar-me que a perfeição é algo que não existe.

E mil mundos em que a saudade existe ligada a outra perda.

O azar toca a todos...

O meu começou ontem a noite, quando estava no msn a espera da M para fazermos exercícios para a frequência que ia ter hoje. Costumamos falar pelo micro ou pelo telefone de casa enquanto estudamos,geralmente nas vésperas. A M apareceu e ainda estivemos a fazer cábulas, eram 5 ficheiros e só couberam 4 na máquina, mas não faz mal. Começámos a fazer exercícios quando nos apercebemos que so tinhams 7 resolvidos e dos quais só percebiamos 1 ou 2. As colunas do meu pc ouviam-se muito mal. Fui para o outro pc. O micro não funcionava. A M ligou-me. O telefone ficou sem bateria. Decidimos então fazer no dia a seguir de manhã na faculdade. Fui imprimir as cábulas para levar escritas e na calculadora para o caso de alguma coisa acontecer. Não tinha tinteiro e as cábulas ficaram a cor de rosa meio transparente... A M não tinha calculadora então perguntei a 4 pessoas e uma delas emprestou-me.

Meti o despertador para as 6h para ir ao ginásio, estando-me a deitar às 2h. Não fui ao ginásio. Depois de combinar as 9h no ISA descubro que a fila para entrar na IC19 chegava quase ao pé da minha casa. Cheguei as 10h e pouco. Toda a gente foi para a aula a seguir e portanto o estudo da manhã tinha ficado sem qualquer efeito. Fui buscar a calculadora à K. Tinha-me esquecido de dizer à K que ela tinha de apagar os programas todos porque senão não cabia nada então...não coube nada. Tentei arranjar outra calculadora à M. Ninguém tinha. Resolvemos então que ela tinha de fazer com as cábulas de papel. A impressora da bisa tava estragada. A reprografia estava fechada. O computador não deixou instalar o programa da calculadora para passar coisas e esvaziar a memória.

Fomos almoçar. "uiiii panados" A M comeu os últimos panados.

A sair do estacionamento no ISA bati no carro de tras.

A tentar estacionar no ISA ia atropelando o R.

Entrei no teste. Esqueci-me da calculadora. Fui ao carro busca-la. Estava prestes a copiar as expressões que precisava de usar quando carrego no CLEAR totalmente sem querer. Mandei mensagem a J e ao R. Desenrrasquei-me.

Fui ao canil de São Domingos de Benfica. Perdi-me. Andei durante 10min numa rua só de BUS e um policia a minha frente. Fui ter ao canil. Não era preciso ir ao canil, era só enviar um e-mail com o que queria.

Fui deixar a M a entrecampos. Demorei 40minutos a chegar ao Rato. Demorei 20minutos à procura dum lugar no Rato. Encontrei na Lapa. Parkimetro. Não tenho moedas. Não há cafés na rua onde estacionei. Não há nada na rua onde estacionei! Arranjei moedas duas ruas ao lado. Enganei-me e só pus parkimetro de metade do tempo que lá ia tar.

Fui pa escola. Cheguei 1h e meia adientada. Tinha me esquecido de levar qualquer coisa para comer. Fui ao minipreço comprar as minhas bolachas preferidas e apercebi-me que a minha dieta desde o fim-de-semana passado que não tá a correr muito bem.
Tava a morrer de sede. Fui a casa-de-banho. A água tava a faltar.

Sai da escola. Fui a procura do carro. Esqueci-me de decorar a rua. Como é que se pergunta a alguém uma rua que não tem nada????! Uma hora depois encontrei o carro. Thank God, não estava bloqueado!!



Tenho sono.

Descobri..

Descobri que tenho uma nova turma às terças e às quintas. Descobri um novo professor e uma nova amiga com a qual falo de dietas e racismos.
Descobri que gosto mais de animais do que o que pensava e descobri que afinal fecho os olhos por eles mais do que posso.
Descobri que não bastam só dúvidas para deitar a baixo qualquer relação.
Descobri que os velhos amigos que tenho sofrem como que uma selecção não aleatória e tornam-se a pouco e pouco cúmplices de uma vida.
Descobri que os novos amigos são cada vez mais novos quando alargamos limites.
Descobri que gosto de ginásios e de fazer desporto todos os dias de manhã antes da faculdade.
Descobri novamente que a palavra ganhou outra vez força e chama-se voluntariado.
Descobri que não sei viver sem stress.
Descobri que às vezes os extremos não valem apena, e pode se viver num meio termo.
Descobri que não há nada que o tempo,juntamente com a ironia do destino, não cure.
Descobri que a frase "guarda tudo de bom e esquece tudo de mau" não funciona.

Descobri que consigo ser feliz sem mais nada. Feliz por mim própria e pelos outros.
Descobri outra vez o valor de uma grande amizade e o calor de um grande amor.