Tenho andado há que tempos para escrever este post...mas a vontade de pôr isto tudo em palavras é pouca.
Amizade...
"Ás vezes chove...
Chove...chove...chove...lá fora.
E o meu coração chora!
E sinto uma lágrima a correr pela minha face.
Um amigo.
Mais não é preciso para ver o sol nascer atrás de uma nuvem.
Ah, Amizade como és difícil.
Como me fazes vaguiar pelas ruas.
Como me fazes ás vezes morrer.
Mas mesmo nessa loucura.
Mesmo na mais escura.
Há sempre alguém que me puxa para fora.
Eu chamo-lhe Amigo.
E ele diz: - Vem comigo!
E eu fico a olhar para ele como se fosse algo de anormal...
E então percebo o que é a amizade!
É uma alegria na nossa tristeza.
É o que nos faz viver. É o que me faz viver a mim!"
5.12.07
Tenho palavras entrelaçadas em momentos ditos e feitos. Tenho um mundo gigante de cores azuis por visitar. Tenho um céu estrelado na ponta da minha cabeça.
Já lutei tanto por ti, amizade. Já esperei tanto de ti quando não me deste nada. Já te virei as costas quando só querias oferecer-me tudo.
Já fingi para que continuasses aqui. Já menti. Já desiludi. Já chorei, como choro agora. Já fugi...com todas as minhas forças, corri de coração nas mãos por não querer mais.
A verdade é que existes para me fazer feliz. É a tua definição teórica, o que se aprende quando somos crianças, o que nos ensinam na escola quando pisamos os pés do colega por querermos chegar primeiro à sala de aula.
Mas o que fazes de mim é coisa diferente. Não és como me ensinaram que fosses.
Enganas, mentes, falas mal, pisas, troças, gozas, és indiferente...
E se é isso que és...se é mesmo só isso que és...não quero saber de ti. Percebes? Não quero.
Pensava que eras assim...
Que eram tantos os momentos e todos tão perfeitos...
Que as brincadeiras eram sinais de eternidade...
E os sorrisos sinais de felicidade...
Mas cedo percebi que o que querias de mim eram entretenimento. Que eu era um yô-yô com o qual gostavas de jogar de vez em quando. Que quando passava de moda e toda a gente parecia mudar para o Diablo, então tu guardavas o yô-yô numa gaveta onde nunca mais punhas mão.
Pois digo-te eu agora, digo-te triste, magoada, com saudades de ti...mas digo-te...cansei-me de ser um yô-yô.
Cansei-me de ti. Cansei-me de perceber que não passas de uma equação louca, uma equação de pessoas e sítios enormes e numerosos que acaba num número mínimo e insignificante. Cansei-me de pensar em ti, de chorar por ti, de pensar que mudavas...que havia outra pessoa melhor, e era desta...e desta...e desta...e desta........
Estou cansada e farta. Cansada e farta. Farta e cansada. Não gosto de fingir. Odeio fingir. Odeio que finjas comigo, que digas que sim, que vais ficar aqui e que depois vás embora e me roubes tudo.
A verdade é que só existes em pequenos casos. Pequenos e enormes casos. Mas pequenos.
A verdade é que te escondes e não queres saber. Escondes-te em ruas que não consigo entrar, em lugares onde não consigo ver...tapas-me os olhos e eu estou cansada de tentar por ti. Por ti que não queres nada.
A verdade...a verdade é que deixas de existir aos poucos. E aos poucos percebo que o teu salão de jogos não me interessa, nem as pessoas que fazem parte dele. Interessa-me os outros, interessa-me os que ainda guardas para mim, especialmente para mim, embrulhados numa caixa de metal.
Esses.
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=(
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