14/05/2010

Sonhos fora de Realidade

Na rua com o Vasquinho escrevi este post na minha mente. Escrevi-o até ao fim, com vírgulas e tudo. Mas depois voou.

Já perdi a conta dos posts que escrevi só porque sonhei contigo.
A verdade é que não percebo. Não percebo porque é que o meu inconsciente ainda te lê os pensamentos e os inclui na minha cabeça. Já desinstalei este programa, já o reiniciei, já tentei formatar e apagar tudo...e nem assim.

Percebi hoje que também os sonhos são como espinhos para as bolas de sabão. Passamos dias a construí-las, satisfeitos com o resultado final, confortavelmente vivendo dentro delas e de repente...de repente um flash confunde a realidade e ficamos perdidos.
Os sonhos atrapalham-nos a memória. Deixam pedaços do passado perdidos no presente e substituem pessoas e espaços. Confundem os tempos e mistificam sentimentos.

Odeio sonhar contigo. É inconfortável. É inconfortável pensar em ti como se ainda vivesses aqui e fosses ainda parte de mim. Não porque doa porque já não dói. Mas porque não faz parte do que sou agora. Não faz parte do que sinto.
É como pores uma borboleta dentro de um aquário só porque ela, um dia, já foi lagarta. Não faz parte.


É a altura das fitas das bênçãos (bênções?). Anda tudo a distribuir pedaços de papel com significados diferentes para um dia fazer chorar quando se reler.
Chama-se nostalgia.
Todos. Todos acabam o curso. Parecem estar certos do caminho, dos passos a seguir, de mapa na mão sem precisar de prestar atenção às placas. Eu fico feliz. Por eles. Fico feliz por eles.
Estou desejosa de chegar ao meu caminho.

E hoje tracei caminhos. Fico triste por deixar coisas. Pessoas, mais propriamente. Pessoa, mais propriamente.

Odeio. Odeio que me quebrem o Pai Natal.

1 comentário:

zarinha disse...

ai nher..eu dou-te um pai natal de xiclate pa gente se lambuzar na nova casa pa...