19/12/2010
30/11/2010
13/11/2010
Disseram-me no outro dia que as relações vivem-se, maioritariamente, na cabeça de cada um. Achamos que somos tão especiais, cheios de certezas da nossa unicidade, cheios de convicção de que os momentos passados a dois nunca vão ser superados por mais ninguém. Mas está tudo na nossa cabeça. Achamos que vivemos uma relação a dois, mas na verdade vivemos uma relação com o nosso ideal de relação.
Por mais que me tenha identificado com esse pensamento, hoje pensei que comigo é diferente. Eu vivo uma relação com a relação que não quero ter.
Possessividade foi uma palavra que nunca encaixou bem no meu vocabulário. Ciúme sim.
Vivo os ciúmes desde sempre. Vivo com esse sentimento e sempre tentei ultrapassa-lo. Fingir que não estava ali, ignorar o que sentia.
Até que chegou alguém que me mostrou que fazia sentido partilhar os defeitos. Mas se calhar havia uma razão para ter deixado esta caixa fechada a sete chaves. Se calhar havia uma razão para não a mostrar, para não dar razão de sua existência.
A verdade. A verdade é que nos escondemos sempre atrás de algo. Somos fantasmas de nós próprios. Da nossa própria rotina, dos nossos passos, das nossas decisões. Tiramos partido do exterior para nos desculparmos dos actos que sabemos que são errados. Incorrectos.
De outras pessoas, de outros sentimentos que habitam em outros corpos.
A mim parece-me que hoje em dia as pessoas dizem frases só por dizer. Porque soa bem. Rima com o verso anterior apesar de, se pensarmos um pouco sobre isso, não faz sentido nenhum.
Tenho saudades do Natal. E o natal aqui não chega. Chega a neve, o chocolate quente, a lareira, os enfeitos, as luzes, a árvore, os chapéus à rena e fatiotas à pai natal. Mas não chega o natal lisboeta. O ficar parado no trânsico do Marquês de Pombal e contemplar a árvore de natal gigante do parque Eduardo VII enquanto se come as castanhas compradas na esquina do Tivoli. Não, esse natal não existe.
Percebi que já mudei tanto. Tantas pessoas passaram dentro de mim. Pessoas de que me orgulho, e pessoas que não reconheço.
Mas hoje não reconheço principalmente a pessoa que habita em mim no presente.
E o que mais me assusta é que, todas as vezes que mudei, que saltitei de personalidade em personalidade foi sem querer...foi por conhecer pessoas assim ou assado, por me ter acontecido isto ou aquilo. Não foi porque quis. Não foi por nenhuma etapa traçada.
Parece que cheguei a um limite. Ao limite do quarto de personalidades que existe na minha alma gigantemente pequena.
E não me apetece pensar mais sobre isto.
Custa-me olhar para trás e ver que as decisões mais difíceis que tive de tomar na vida, resolvias virando as costas ao problema.
Toda a gente diz que é mais fácil. Não é mais fácil. Mas também não é mais difícil. Simplesmente poupa tempo. Um tempo de se's, de indecisões, de ponderações, de balanceamento...um tempo sujeito a romper-se noutra oportunidade mal dada. Odeio esses tempos. Esses tempos perdidos que nos fazem gastar meses de outras hipóteses só porque não queremos aceitar a hipótese mais viável. Porque estamos de perto, e de perto vê-se mal.
E tento não cair na tentação de virar as costas a este problema. Não seria mais fácil. Mas pouparia este tempo de tentativas falhadas.
Por mais que me tenha identificado com esse pensamento, hoje pensei que comigo é diferente. Eu vivo uma relação com a relação que não quero ter.
Possessividade foi uma palavra que nunca encaixou bem no meu vocabulário. Ciúme sim.
Vivo os ciúmes desde sempre. Vivo com esse sentimento e sempre tentei ultrapassa-lo. Fingir que não estava ali, ignorar o que sentia.
Até que chegou alguém que me mostrou que fazia sentido partilhar os defeitos. Mas se calhar havia uma razão para ter deixado esta caixa fechada a sete chaves. Se calhar havia uma razão para não a mostrar, para não dar razão de sua existência.
A verdade. A verdade é que nos escondemos sempre atrás de algo. Somos fantasmas de nós próprios. Da nossa própria rotina, dos nossos passos, das nossas decisões. Tiramos partido do exterior para nos desculparmos dos actos que sabemos que são errados. Incorrectos.
De outras pessoas, de outros sentimentos que habitam em outros corpos.
A mim parece-me que hoje em dia as pessoas dizem frases só por dizer. Porque soa bem. Rima com o verso anterior apesar de, se pensarmos um pouco sobre isso, não faz sentido nenhum.
Tenho saudades do Natal. E o natal aqui não chega. Chega a neve, o chocolate quente, a lareira, os enfeitos, as luzes, a árvore, os chapéus à rena e fatiotas à pai natal. Mas não chega o natal lisboeta. O ficar parado no trânsico do Marquês de Pombal e contemplar a árvore de natal gigante do parque Eduardo VII enquanto se come as castanhas compradas na esquina do Tivoli. Não, esse natal não existe.
Percebi que já mudei tanto. Tantas pessoas passaram dentro de mim. Pessoas de que me orgulho, e pessoas que não reconheço.
Mas hoje não reconheço principalmente a pessoa que habita em mim no presente.
E o que mais me assusta é que, todas as vezes que mudei, que saltitei de personalidade em personalidade foi sem querer...foi por conhecer pessoas assim ou assado, por me ter acontecido isto ou aquilo. Não foi porque quis. Não foi por nenhuma etapa traçada.
Parece que cheguei a um limite. Ao limite do quarto de personalidades que existe na minha alma gigantemente pequena.
E não me apetece pensar mais sobre isto.
Custa-me olhar para trás e ver que as decisões mais difíceis que tive de tomar na vida, resolvias virando as costas ao problema.
Toda a gente diz que é mais fácil. Não é mais fácil. Mas também não é mais difícil. Simplesmente poupa tempo. Um tempo de se's, de indecisões, de ponderações, de balanceamento...um tempo sujeito a romper-se noutra oportunidade mal dada. Odeio esses tempos. Esses tempos perdidos que nos fazem gastar meses de outras hipóteses só porque não queremos aceitar a hipótese mais viável. Porque estamos de perto, e de perto vê-se mal.
E tento não cair na tentação de virar as costas a este problema. Não seria mais fácil. Mas pouparia este tempo de tentativas falhadas.
03/11/2010
Nicest Thing...
"Basically, I wish that you loved me,
I wish that you needed me,
I wish that you knew when I say 2 sugars actually I meant 3,
I wish that without me your heart would break,
I wish that without me you'd spending the rest of your nights awake,
I wish that without me you couldn't eat,
I wish I was the last think on your mind before you went to sleep..."
I wish that you needed me,
I wish that you knew when I say 2 sugars actually I meant 3,
I wish that without me your heart would break,
I wish that without me you'd spending the rest of your nights awake,
I wish that without me you couldn't eat,
I wish I was the last think on your mind before you went to sleep..."
10/10/2010
08/10/2010
# 1
06/10/2010
25/09/2010
É verdade, esqueci-me...
Esqueci-me de como eram feitos os sonhos.
Às vezes quando abro esta página do blog lembro-me de ti. De como descreves sempre tão bem todas as situações, de como te podia entregar o meu coração e de como tu o poderias transcrever melhor que ninguém.
Hoje procurei aquela música que oiço sempre que estou triste. Ou sempre que me apetece pensar mais a fundo em alguma coisa que sei que, eventualmente, me deixará triste. Hoje esqueci-me de como se chama. Oiço então uma tua. Roubei-te uma música.
Há momentos aqui que me lembro do quão longe estou dum mundo meu e do quão perto estou do meu mundo. E há momentos em que isso não faz mal. E outros em que uma melodia deita abaixo o sol que não entra pela janela.
Tenho pensado no Amor.
Deve haver uma razão para isso. Deve haver, com certeza, uma razão para isso.
Ontem os meus lençóis estavam frios pela primeira vez.
Ultrapassámos tanta coisa na vida, vivemos tanto até chegar aqui... E, agora, não sei o que significa este momento intemporal.
Este silencio no meu coração. Ele descansou finalmente. Resolveu dormir uma sesta e adormeceu.
Pediu-me expressamente para não o acordar, para o deixar ficar neste manto branco de uma neve quente.
Tenho-o sentido apertado. E sei perfeitamente porque tem estes pesadelos. Mas agora já fui longe demais e o seu silencio perdoa-me.
Fui longe demais. Outra vez. Fui longe demais com o meu coração. Obriguei-o a seguir este caminho que agora vejo que não foi certo.
Tenho pensado no Amor. No quanto deixei de pensar nele. No quanto é afinal para mim importante pensar nele.
Tenho pensado no quanto queria perceber o que é certo e o errado e juntar-me com ele nesse manto de paz. Respirar fundo como já fiz. Fechar os olhos.
Não foi certo tê-lo deixado viver tanto agora. Tapar-lhe tantas vezes a boca e a voz. A voz. Tapei-lhe a voz vezes sem conta. Tantas vezes. Tantas vezes que às vezes cheguei a pensar que ele tinha se esquecido de como se dizia Amo-te.
22/09/2010
21/09/2010
Gent .
Gent é a minha nova cidade.
Gent/Gand/Ghent...
Aqui fala-se todas as línguas. Falas em inglês e as pessoas respondem em holandês. Falas em português e as pessoas respondem-te em espanhol.
Rapidamente percebes que viemos todos do mesmo sítio... Do BigBang, do Homo Sapiens... Whatever it is, we are all the same.
Pensava que ia ser mais difícil do que está a ser.
Apetece-me chorar às vezes. Mas não choro.
Se calhar estou a ficar forte. Aquela força que nunca tive realmente.
Ou se calhar ainda só passaram uns dias.
Em Gent anda-se de bicicleta. Não há trânsito, não há carros praticamente. Há trams (metros à superfície), alguns autocarros, bicicletas e taxis. Há estradas só para bicicletas, semáforos só para bicicletas, rotundas só para bicicletas, parques de estacionamento só para bicicletas...
Há parques em todo o lado. Cada um tem alguma coisa que o torna bonito e especial. Um tem patos no lago e esquilos nas árvores, o outro tem flores amarelas e cor-de-rosa em todo o lado, o outro tem um canal a correr mesmo à frente...
Há uma rua cheia de bares. E cada bar pertence a um monumento. Ao longe parece uma igreja ou uma catedral enorme e pormenorizadamente bem construída, e de perto há pessoas na esplanada a beber cerveja e a tomar café.
Tenho saudades, sim.
E já contei os dias até ao dia do bilhete de volta a Lisboa.
Faltam exactamente 3 meses e 2 dias.
Gostava de te ouvir dizer que esperas por mim.
Gent/Gand/Ghent...
Aqui fala-se todas as línguas. Falas em inglês e as pessoas respondem em holandês. Falas em português e as pessoas respondem-te em espanhol.
Rapidamente percebes que viemos todos do mesmo sítio... Do BigBang, do Homo Sapiens... Whatever it is, we are all the same.
Pensava que ia ser mais difícil do que está a ser.
Apetece-me chorar às vezes. Mas não choro.
Se calhar estou a ficar forte. Aquela força que nunca tive realmente.
Ou se calhar ainda só passaram uns dias.
Em Gent anda-se de bicicleta. Não há trânsito, não há carros praticamente. Há trams (metros à superfície), alguns autocarros, bicicletas e taxis. Há estradas só para bicicletas, semáforos só para bicicletas, rotundas só para bicicletas, parques de estacionamento só para bicicletas...
Há parques em todo o lado. Cada um tem alguma coisa que o torna bonito e especial. Um tem patos no lago e esquilos nas árvores, o outro tem flores amarelas e cor-de-rosa em todo o lado, o outro tem um canal a correr mesmo à frente...
Há uma rua cheia de bares. E cada bar pertence a um monumento. Ao longe parece uma igreja ou uma catedral enorme e pormenorizadamente bem construída, e de perto há pessoas na esplanada a beber cerveja e a tomar café.
Tenho saudades, sim.
E já contei os dias até ao dia do bilhete de volta a Lisboa.
Faltam exactamente 3 meses e 2 dias.
Gostava de te ouvir dizer que esperas por mim.
18/09/2010
29/08/2010
Diário de 21 Anos .
Havia uma rapariga de côr na minha turma do 5º ano. Não me lembro do nome. Ela disse-me para eu não chorar uma vez que a Maria Inês me mandou com a sapatilha na cara.
A Joana morava perto de mim e apresento-me a Catarina no caminho para casa. O caminho era rápido. O meu pai e a minha irmã foram me pôr a escola no primeiro dia e não precisaram de me ir buscar : "Quando não souberes para onde é, é porque é em frente".
(Pensava que ia encontrar alguém da primária. Havia um jogo que fazíamos na primária. Tentávamos ver quem era o mais rápido a comer o almoço. Era estúpido. Eu só jogava à 6ª feira porque era esparguete com ovo mexido e salsicha. Às vezes ganhava. À quarta era peixe cozido com batata, sem sal. Vomitava sempre para não comer mais. Uma vez fui para o hospital por causa disso. Outra vez foi porque enfiei uma pecinha do relógio no ouvido. Às vezes ia para a enfermaria porque enfiava a plasticina no nariz para sair ranho às cores.)
Os avós da Catarina moravam à minha frente. Costumávamos brincar. Às vezes ela era má. E às vezes tentávamos adivinhar o que é que a minha irmã estava a fazer com o namorado na sala. Na altura a porta da sala não tinha vidros.
No meu dia de anos chateámo-nos não me lembro porquê. Acho que foi aqui que comecei a ter recalcamentos. Já nos tínhamos chateado antes, mas fizemos as pazes porque eu lhe dei um postal a dizer "Da diferença nasce a amizade" com um cão e um gato. A rapariga de côr disse para eu não dar.
No outro dia vi-a. Ignorámo-nos.
Gostava do Agrela na altura. Era um rapaz de côr também. Há uns tempos vi-o. Acho que é drogado agora. Não que isso seja uma profissão.
Das recordações mais simples que tenho foi a primeira vez que a minha mão me deu dinheiro no primeiro dia de aulas da D.Pedro e eu comprei um pastel de nata. Sozinha no intervalo a comer o pastel de nata e a sentir-me crescida e assustada.
Veio-me o período no 7º ano. Era dia dos namorados e eu estava mascarada de zebra.
A Ana era a minha melhor amiga. Mas zangámo-nos uma vez que as nossas mães falaram ao telefone por causa dum acampamento do Gerês ao qual não fui. O André foi o culpado. Meio que indirectamente
O André explicou-me o que significada "bater uma". Ele sempre foi muita explicito nas suas explicações.
Odiava o André. Uma vez ele beijou o chão para eu o desculpar não me lembro do quê. Não sei se o desculpei. Uma vez escreveu 100 vezes desculpa para eu o desculpar não me lembro do quê. Não sei se o desculpei.
A Sara foi a minha segunda amiga do básico. E a Christelle às vezes. Nas férias costumavamos escrever cartas.
Um dia o André estava a correr atrás de mim à volta do pavilhão B e caiu. Partiu a cabeça. Eu chorei e decidi ser amiga dele.
Ainda somos amigos. Mais que amigos.
O resto não.
O Rui estava sempre a dizer para eu morrer. Encontrei-o no outro dia. Dei-lhe um abraço.
Tirei uma foto com a professora de Francês no último dia de aulas do 9º ano. "9ºA Forever". Estava a chorar na fotografia ao colo dela. No outro dia vi-a. Ainda tem a fotografia guardada na pasta que leva para as aulas.
Chorei no último dia de aulas. Conheci o Hugo. Gostava do Davide. Achava o Didelet giro.
Dei o meu primeiro beijo ao Dani nas férias do 9º para o 10º ano. O Vasquinho mordeu-lhe a meio. Acho que ele não gostou.
Comecei a namorar com o Hugo.
Era a tigrinha na altura. A Catarina, a Ana, a Rita, a Inês e a Luísa eram as minhas amigas.
Chateámonos não me lembro porquê.
Entrei no grupo de teatro Antígona. Conheci a Monga. Conheci a Prof. Conheci a Filipa. Conheci a Rute. Conheci músicas, conheci um palco. Vivi muitos dos melhores momentos.
Despedi-me do André a meio da primeira semana de aulas do 10º ano. Ele mudou de escola. Percebi o quanto era importante na minha vida.
O Hugo mandou uma mensagem à ex-namorada que a Gabi viu no telemóvel dela. Ameacei acabar com ele e ele aceitou. Foi ao telefone. Era domingo antes de almoço. Passei a aula da manhã de 2ª a chorar. O André Costa era meu vizinho. Abraçou-me nesse dia e disse para eu não chorar. Sempre achei que ele não gostava de mim.
Conheci a Inês F. Passou a ser a melhor amiga na altura. Tratavamo-nos por morii e era engraçado. A mãe dela dava-me explicações. Faziamos coisas parvas na casa dela.
Conheci a Formiga. Era de outra turma e estava sentada ao lado do Feliz numa das palestras da escola. Conhecia o Feliz do grupo de teatro. Pedi-lhe o mail da Formiga e começámos a falar. Ainda hoje falamos.
Conheci o André Santos. Namorei com ele um ano e meio. Acabámos.
Conheci o Ricardo. Estudavamos na minha casa nas vésperas dos exames de Biologia.
Conheci a Drica.
Conheci a Sara com quem sempre me identifiquei.
Conheci a Sílvia. Era uma das minhas melhores amigas. Na altura queria ir para Espanha estudar medicina e ela vinha comigo.
Fui ao Zoo uma vez com o André Santos e o Ricardo. Falei com o Sr. Silvino e comecei a fazer voluntariado.
Conheci o Bernardo. Apaixonei-me.
Conheci a mãe do Bernardo.
Conheci a Marlene. Tornou-se a minha melhor amiga.
Conheci o Estica com quem tomo café quando o rei consegue fazer anos.
Conheci o Nacho.
Fui ao Loft.
Fui ao Loft todas as 6ªs feiras. Conheci rapazes no Loft.
O Naza foi dar a costa no verão de 2006.
O Ricardo disse que eu era parva numa aula de AP e eu sai da aula sem dizer nada à Prof.
A Prof. tartaruga de Biologia tirou-me o chapéu de chuva quando estava a chover torrencialmente e eu não gostei.
Fui alimentar o Naza no dia de Natal.
Fui alimentar o Naza no dia da passagem de ano.
Fui passar a passagem de ano ao Terreiro do Paço com o Bernardo. Dediquei-lhe uma música. Pedi-lhe em namoro.
Perdi a virgindade.
Fui a Lloret. Conheci o Ivan. Falamos de vez em quando.
Alimentei a Soda. A primeira vez que alimentei um golfinho. Foi dos momentos mais felizes.
Alimentei pela primeira vez um leão-marinho.
Alimentei pela primeira vez uma foca.
Alimentei pela primeira vez uma baleia-piloto por sonda.
Acabei com o Bernardo.
Fui me embora porque cheguei 2 minutos atrasada à alimentação das 14h no dia de anos do Naza.
Fui para Monte Gordo. Amizades que continuam: Pedro e Guida.
Entrei em Engenharia Zootécnica.
ISA. Ricardo. Semana do Caloiro. André. Festas. Marta. Rui. Sara. 3 Anos.
GTMT. Crime. Ninhas. Rita. Joana. Vera.
Ricardo.
Fui para a FIA com o André.
Vim para Londres. Vim para a Cornualha. Vou para a Bélgica.
Ontem o André ligou-me. A Inês mandou mensagem há uns dias. Falei com a Sara no outro dia.
O Pedro mandou mensagem. A Guida também.
Há coisas que ficam. Outras que desaparecem como fumo. Não faz mal. Eu fico feliz por ter vivido a minha vida da maneira que aconteceu.
A Joana morava perto de mim e apresento-me a Catarina no caminho para casa. O caminho era rápido. O meu pai e a minha irmã foram me pôr a escola no primeiro dia e não precisaram de me ir buscar : "Quando não souberes para onde é, é porque é em frente".
(Pensava que ia encontrar alguém da primária. Havia um jogo que fazíamos na primária. Tentávamos ver quem era o mais rápido a comer o almoço. Era estúpido. Eu só jogava à 6ª feira porque era esparguete com ovo mexido e salsicha. Às vezes ganhava. À quarta era peixe cozido com batata, sem sal. Vomitava sempre para não comer mais. Uma vez fui para o hospital por causa disso. Outra vez foi porque enfiei uma pecinha do relógio no ouvido. Às vezes ia para a enfermaria porque enfiava a plasticina no nariz para sair ranho às cores.)
Os avós da Catarina moravam à minha frente. Costumávamos brincar. Às vezes ela era má. E às vezes tentávamos adivinhar o que é que a minha irmã estava a fazer com o namorado na sala. Na altura a porta da sala não tinha vidros.
No meu dia de anos chateámo-nos não me lembro porquê. Acho que foi aqui que comecei a ter recalcamentos. Já nos tínhamos chateado antes, mas fizemos as pazes porque eu lhe dei um postal a dizer "Da diferença nasce a amizade" com um cão e um gato. A rapariga de côr disse para eu não dar.
No outro dia vi-a. Ignorámo-nos.
Gostava do Agrela na altura. Era um rapaz de côr também. Há uns tempos vi-o. Acho que é drogado agora. Não que isso seja uma profissão.
Das recordações mais simples que tenho foi a primeira vez que a minha mão me deu dinheiro no primeiro dia de aulas da D.Pedro e eu comprei um pastel de nata. Sozinha no intervalo a comer o pastel de nata e a sentir-me crescida e assustada.
Veio-me o período no 7º ano. Era dia dos namorados e eu estava mascarada de zebra.
A Ana era a minha melhor amiga. Mas zangámo-nos uma vez que as nossas mães falaram ao telefone por causa dum acampamento do Gerês ao qual não fui. O André foi o culpado. Meio que indirectamente
O André explicou-me o que significada "bater uma". Ele sempre foi muita explicito nas suas explicações.
Odiava o André. Uma vez ele beijou o chão para eu o desculpar não me lembro do quê. Não sei se o desculpei. Uma vez escreveu 100 vezes desculpa para eu o desculpar não me lembro do quê. Não sei se o desculpei.
A Sara foi a minha segunda amiga do básico. E a Christelle às vezes. Nas férias costumavamos escrever cartas.
Um dia o André estava a correr atrás de mim à volta do pavilhão B e caiu. Partiu a cabeça. Eu chorei e decidi ser amiga dele.
Ainda somos amigos. Mais que amigos.
O resto não.
O Rui estava sempre a dizer para eu morrer. Encontrei-o no outro dia. Dei-lhe um abraço.
Tirei uma foto com a professora de Francês no último dia de aulas do 9º ano. "9ºA Forever". Estava a chorar na fotografia ao colo dela. No outro dia vi-a. Ainda tem a fotografia guardada na pasta que leva para as aulas.
Chorei no último dia de aulas. Conheci o Hugo. Gostava do Davide. Achava o Didelet giro.
Dei o meu primeiro beijo ao Dani nas férias do 9º para o 10º ano. O Vasquinho mordeu-lhe a meio. Acho que ele não gostou.
Comecei a namorar com o Hugo.
Era a tigrinha na altura. A Catarina, a Ana, a Rita, a Inês e a Luísa eram as minhas amigas.
Chateámonos não me lembro porquê.
Entrei no grupo de teatro Antígona. Conheci a Monga. Conheci a Prof. Conheci a Filipa. Conheci a Rute. Conheci músicas, conheci um palco. Vivi muitos dos melhores momentos.
Despedi-me do André a meio da primeira semana de aulas do 10º ano. Ele mudou de escola. Percebi o quanto era importante na minha vida.
O Hugo mandou uma mensagem à ex-namorada que a Gabi viu no telemóvel dela. Ameacei acabar com ele e ele aceitou. Foi ao telefone. Era domingo antes de almoço. Passei a aula da manhã de 2ª a chorar. O André Costa era meu vizinho. Abraçou-me nesse dia e disse para eu não chorar. Sempre achei que ele não gostava de mim.
Conheci a Inês F. Passou a ser a melhor amiga na altura. Tratavamo-nos por morii e era engraçado. A mãe dela dava-me explicações. Faziamos coisas parvas na casa dela.
Conheci a Formiga. Era de outra turma e estava sentada ao lado do Feliz numa das palestras da escola. Conhecia o Feliz do grupo de teatro. Pedi-lhe o mail da Formiga e começámos a falar. Ainda hoje falamos.
Conheci o André Santos. Namorei com ele um ano e meio. Acabámos.
Conheci o Ricardo. Estudavamos na minha casa nas vésperas dos exames de Biologia.
Conheci a Drica.
Conheci a Sara com quem sempre me identifiquei.
Conheci a Sílvia. Era uma das minhas melhores amigas. Na altura queria ir para Espanha estudar medicina e ela vinha comigo.
Fui ao Zoo uma vez com o André Santos e o Ricardo. Falei com o Sr. Silvino e comecei a fazer voluntariado.
Conheci o Bernardo. Apaixonei-me.
Conheci a mãe do Bernardo.
Conheci a Marlene. Tornou-se a minha melhor amiga.
Conheci o Estica com quem tomo café quando o rei consegue fazer anos.
Conheci o Nacho.
Fui ao Loft.
Fui ao Loft todas as 6ªs feiras. Conheci rapazes no Loft.
O Naza foi dar a costa no verão de 2006.
O Ricardo disse que eu era parva numa aula de AP e eu sai da aula sem dizer nada à Prof.
A Prof. tartaruga de Biologia tirou-me o chapéu de chuva quando estava a chover torrencialmente e eu não gostei.
Fui alimentar o Naza no dia de Natal.
Fui alimentar o Naza no dia da passagem de ano.
Fui passar a passagem de ano ao Terreiro do Paço com o Bernardo. Dediquei-lhe uma música. Pedi-lhe em namoro.
Perdi a virgindade.
Fui a Lloret. Conheci o Ivan. Falamos de vez em quando.
Alimentei a Soda. A primeira vez que alimentei um golfinho. Foi dos momentos mais felizes.
Alimentei pela primeira vez um leão-marinho.
Alimentei pela primeira vez uma foca.
Alimentei pela primeira vez uma baleia-piloto por sonda.
Acabei com o Bernardo.
Fui me embora porque cheguei 2 minutos atrasada à alimentação das 14h no dia de anos do Naza.
Fui para Monte Gordo. Amizades que continuam: Pedro e Guida.
Entrei em Engenharia Zootécnica.
ISA. Ricardo. Semana do Caloiro. André. Festas. Marta. Rui. Sara. 3 Anos.
GTMT. Crime. Ninhas. Rita. Joana. Vera.
Ricardo.
Fui para a FIA com o André.
Vim para Londres. Vim para a Cornualha. Vou para a Bélgica.
Ontem o André ligou-me. A Inês mandou mensagem há uns dias. Falei com a Sara no outro dia.
O Pedro mandou mensagem. A Guida também.
Há coisas que ficam. Outras que desaparecem como fumo. Não faz mal. Eu fico feliz por ter vivido a minha vida da maneira que aconteceu.
07/08/2010
Someone like you .
Se pudesse escolher acho que não te escolhia.
Desaprendi a pôr palavras em ordem. Mesmo quando choro.
Queremos sempre tudo.
Podia pôr-te arrumado lá atrás. Atrás dos sonhos que eram só meus.
Racionalmente conseguiria dizer-te o que sinto mas nunca vais sentir o mesmo.
Queremos sempre tudo.
Queremos sempre o que não temos.
E quando formos sozinhos no horizonte para um longe qualquer vamos querer o que já tivemos.
Eu quero esperar por ti. Mas. Há sempre um mas.
Desaprendi a pôr palavras em ordem. Mesmo quando choro.
Queremos sempre tudo.
Podia pôr-te arrumado lá atrás. Atrás dos sonhos que eram só meus.
Racionalmente conseguiria dizer-te o que sinto mas nunca vais sentir o mesmo.
Queremos sempre tudo.
Queremos sempre o que não temos.
E quando formos sozinhos no horizonte para um longe qualquer vamos querer o que já tivemos.
Eu quero esperar por ti. Mas. Há sempre um mas.
16/07/2010
07/07/2010
27/06/2010
8 . 12
Aconteceu outra vez.
Desceste outra vez da minha montanha "quase que a pique".
E eu não te agarrei. Desculpa, mas não te agarrei.
O único segundo em que achei que não valias a pena foi o exacto segundo em que acabaste de pronunciar a última palavra daquele pensamento.
Vim para casa com uma caixa de CD's na mão. Mudei 5. Tentei encontrar uma música que me soltasse uma lágrima. Só uma para ter a certeza que tinha ficado triste com o que disseste. Mas não consegui.
Ás vezes rompe-se a felicidade não no momento mais triste, mas no mais indiferente.
I guess I was just hoping you could make me different.
Desceste outra vez da minha montanha "quase que a pique".
E eu não te agarrei. Desculpa, mas não te agarrei.
O único segundo em que achei que não valias a pena foi o exacto segundo em que acabaste de pronunciar a última palavra daquele pensamento.
Vim para casa com uma caixa de CD's na mão. Mudei 5. Tentei encontrar uma música que me soltasse uma lágrima. Só uma para ter a certeza que tinha ficado triste com o que disseste. Mas não consegui.
Ás vezes rompe-se a felicidade não no momento mais triste, mas no mais indiferente.
I guess I was just hoping you could make me different.
20/06/2010
3 Anos .
Estava convicta de que me ia deitar quando chegasse a casa. Dirigi-me logo para o meu quarto quando fechei a porta. Tirei o pijama meio de Inverno meio de Verão (ainda não dá para perceber muito bem que raio de estação é esta), vesti-o...aliás não o vesti, vim para o escritório ligar a net e escrever.
Hoje vim um filme. E, se calhar, foi por causa desse filme que vim a pensar no caminho para casa sobre as relações. As relações que temos com as pessoas. Os tipos de relações que existem, a maneira como às vezes parece que todas elas seguem um padrão de início e de fim, mesmo que pelo meio a diversão seja diferente.
O filme chama-se "Closer". Vi-o quando andava no 9º Ano porque o A. me disse para vê-lo. O A. sabe sempre os meus gostos, ele sabe que eu vou gostar de uma coisa antes de a provar, sabe que vou gostar de um filme antes de o ver, sabe que vou compreender certas coisas e discutir outras e não aceitar outras tantas. Sabe os meus argumentos de cor, antes sequer de eu pensar sobre eles. Enfim.
A verdade é que eu odiei o filme quando o vi. Achei-o o filme mais aborrecido de sempre. O mais desinteressante, o mais sobre 'nada'. E a resposta dele à minha indignação foi "Experimenta ver esse filme daqui a uns anos, vais ver que vais entender que, de facto, é assim que as relações funcionam".
Pois bem, hoje foi o dia. Vi-o outra vez, e apesar de ter achado "too much", serviu para pensar sobre o que tem acontecido na minha vida nos últimos tempos.
Lembro-me do dia em que soube que tinha entrado no ISA. Lembro-me da minha mãe ter escrito no quadro do meu quarto qualquer coisa como "Sei que ficaste desiludidade mas nunca desistas". Lembro-me de ficar triste, realmente. Mas fosse qual fosse a minha entrada na faculdade não haveria nenhuma que preenche-se o que queria realmente.
Lembro-me do dia das inscrições. Lembro-me de ser tudo novo, lembro-me de tentar iniciar uma nova vida, lembro-me de ter essa vontade comigo! De querer esquecer tantas coisas, tantas pessoas, tantos momentos, de querer que tudo fosse perfeito dali para a frente, de querer que toda a gente se apaixonasse por mim e ter uma lista infindável de amigos, de ir sair a noite, de gostar do Bairro Alto...
Lembro-me de receber chamadas durante os intervalos. Chamadas que não queria atender. Flashs do que tinha deixado para trás, do que queria que ficasse no Secundário, nas aventuras parvas de uma adolescente, daquelas coisas que dizemos que fizémos e que ainda bem que fizémos porque serviu para aprender com os erros. Lembro-me de odiar ter errado daquela maneira.
E lembro-me de tentar compensar tudo isso com as novas amizades.
Poderia falar das festas do ISA. Da semana do caloiro. Da alegria repentina de uma liberdade diferente.
Amizades de plástico foi como eu as intrepertei mais tarde. As amizades são frageis e quase sempre ilusórias.
São quase sempre algo que pensamos que está lá consistentemente, mas que, com o mínimo toque, desabam e desaparecem sem deixar rasto. Como se nunca tivessem existido.
Poderia falar das pessoas que achava que ia manter e não mantive. De umas que desapareceram do meu quotidiano e o tempo que restava não era suficiente. Outras que deixei de falar por chatisses e mal entendidos. E outras porque...simplesmente não interessavam.
Poderia falar de como tentei substituir o que sentia mais falta no momento que entrei na faculdade. De como tentei arranjar daqueles Amores que se sentem na faculdade, onde as pessoas têm os mesmos objectivos e encontram alguém com quem partilhar a vida académica e acabam por passar o resto da vida com essas pessoas.
Podia dizer que tentei encontrar essa pessoa. Mas, a verdade, é que, por mais cliché que isto seja, o Amor de facto não se procura! E de facto aparece quando menos estamos à espera.
Podia falar do Verão do ano passado e dos dois festivais. Ou podia falar de Barrancos, ou do Loft e das mil uma noites que lá passei, podia falar do J. e da M. que agora tanto têm preenchido a minha vida com preocupações, ou podia falar do GTMT ou do British. De como me fizeram esquecer que o que vivo é de facto uma rotina.
Ou podia falar do Zoo e do B. Do passado. Do que me fez mudar tanto e passar a acreditar em tão pouco mas a lutar tanto mais pelo que quero. Que me colocaram uma semente de um sonho que vou alcançar até ao fim custe o que tiver que custar.
Podia falar do A. ou da I., de como eles estiveram sempre lá para mim. Antes, depois, durante destes 3 anos. Lembro-me da conversa que a I. teve comigo no último verão antes da entrada na faculdade em que me disse, naquela maneira suave que ela arranja sempre de dizer as coisas mais sérias, "Ana, tens de te acalmar, agora vais entrar na Universidade, assim as pessoas vão gozar contigo". Era um bocado inconsciente, na verdade.
Podia falar do R. Que é quem mais preenche a minha vida neste momento. Quem me faz rir e chorar a rir. Quem está comigo e de quem eu não me quero afastar por mais que isso seja inevitável de acontecer.
Podia falar da S. A S. que é a única que ficou depois destes 3 anos no ISA. Quem eu passo a vida ao telefone, com quem partilho tudo e com quem tenho canis e pulmões.
Podia falar do Amor, no geral. Da amizade, no geral. Podia falar de como vou ter pena da última vez de entrar no ISA. Da última vez de tentar persuadir o segurança do portão a deixar-me entrar com o carro sem pagar porque "Estou a ter um mau dia" ou porque "Eu e a S. só conseguimos juntar 1,20€", ou porque "Temos aqui um coelho antes se quiser". Da última vez que vou estar stressada para entrar numa sala procurando estratégicamente a altura certa de entrar para não ir muito lá para a frente e combinando, ainda mais estratégicamente, as pessoas ao lado de quem quero ficar durante o exame. Da última vez que vou tirar uma caneta e colocar o telemóvel no meio das pernas sem o/a Prof. ver para o caso de surgir uma ou outra pergunta mais complicada. Ou da última vez em que vou entregar um teste. Em que respondo a uma pergunta cá fora por telemóvel à S. que sai sempre depois de mim. Da última vez que vou ao gabinete do Prof. O. dizer-lhe "olá" com o seu ar de mimado e da língua adormecida. Da última vez que vou sair do ISA...
Podia dizer mil uma coisas mal do meu curso, da minha faculdade...Mas, a verdade, é que sentimos sempre falta do que nos preenche por tanto tempo. Fica um vazio pelas vezes que, inocentemente, nos entregámos a alguma coisa. A um curso. A uma amizade. A uma relação.
Em Agosto vou-me embora. E comigo levo o tempo que vou perder aqui. O tempo que vai continuar a correr em Lisboa, no ISA, na vida da S., da I., do A. e do R.
O tempo que vai continuar a correr comigo, noutro sítio.
Hoje vim um filme. E, se calhar, foi por causa desse filme que vim a pensar no caminho para casa sobre as relações. As relações que temos com as pessoas. Os tipos de relações que existem, a maneira como às vezes parece que todas elas seguem um padrão de início e de fim, mesmo que pelo meio a diversão seja diferente.
O filme chama-se "Closer". Vi-o quando andava no 9º Ano porque o A. me disse para vê-lo. O A. sabe sempre os meus gostos, ele sabe que eu vou gostar de uma coisa antes de a provar, sabe que vou gostar de um filme antes de o ver, sabe que vou compreender certas coisas e discutir outras e não aceitar outras tantas. Sabe os meus argumentos de cor, antes sequer de eu pensar sobre eles. Enfim.
A verdade é que eu odiei o filme quando o vi. Achei-o o filme mais aborrecido de sempre. O mais desinteressante, o mais sobre 'nada'. E a resposta dele à minha indignação foi "Experimenta ver esse filme daqui a uns anos, vais ver que vais entender que, de facto, é assim que as relações funcionam".
Pois bem, hoje foi o dia. Vi-o outra vez, e apesar de ter achado "too much", serviu para pensar sobre o que tem acontecido na minha vida nos últimos tempos.
Lembro-me do dia em que soube que tinha entrado no ISA. Lembro-me da minha mãe ter escrito no quadro do meu quarto qualquer coisa como "Sei que ficaste desiludidade mas nunca desistas". Lembro-me de ficar triste, realmente. Mas fosse qual fosse a minha entrada na faculdade não haveria nenhuma que preenche-se o que queria realmente.
Lembro-me do dia das inscrições. Lembro-me de ser tudo novo, lembro-me de tentar iniciar uma nova vida, lembro-me de ter essa vontade comigo! De querer esquecer tantas coisas, tantas pessoas, tantos momentos, de querer que tudo fosse perfeito dali para a frente, de querer que toda a gente se apaixonasse por mim e ter uma lista infindável de amigos, de ir sair a noite, de gostar do Bairro Alto...
Lembro-me de receber chamadas durante os intervalos. Chamadas que não queria atender. Flashs do que tinha deixado para trás, do que queria que ficasse no Secundário, nas aventuras parvas de uma adolescente, daquelas coisas que dizemos que fizémos e que ainda bem que fizémos porque serviu para aprender com os erros. Lembro-me de odiar ter errado daquela maneira.
E lembro-me de tentar compensar tudo isso com as novas amizades.
Poderia falar das festas do ISA. Da semana do caloiro. Da alegria repentina de uma liberdade diferente.
Amizades de plástico foi como eu as intrepertei mais tarde. As amizades são frageis e quase sempre ilusórias.
São quase sempre algo que pensamos que está lá consistentemente, mas que, com o mínimo toque, desabam e desaparecem sem deixar rasto. Como se nunca tivessem existido.
Poderia falar das pessoas que achava que ia manter e não mantive. De umas que desapareceram do meu quotidiano e o tempo que restava não era suficiente. Outras que deixei de falar por chatisses e mal entendidos. E outras porque...simplesmente não interessavam.
Poderia falar de como tentei substituir o que sentia mais falta no momento que entrei na faculdade. De como tentei arranjar daqueles Amores que se sentem na faculdade, onde as pessoas têm os mesmos objectivos e encontram alguém com quem partilhar a vida académica e acabam por passar o resto da vida com essas pessoas.
Podia dizer que tentei encontrar essa pessoa. Mas, a verdade, é que, por mais cliché que isto seja, o Amor de facto não se procura! E de facto aparece quando menos estamos à espera.
Podia falar do Verão do ano passado e dos dois festivais. Ou podia falar de Barrancos, ou do Loft e das mil uma noites que lá passei, podia falar do J. e da M. que agora tanto têm preenchido a minha vida com preocupações, ou podia falar do GTMT ou do British. De como me fizeram esquecer que o que vivo é de facto uma rotina.
Ou podia falar do Zoo e do B. Do passado. Do que me fez mudar tanto e passar a acreditar em tão pouco mas a lutar tanto mais pelo que quero. Que me colocaram uma semente de um sonho que vou alcançar até ao fim custe o que tiver que custar.
Podia falar do A. ou da I., de como eles estiveram sempre lá para mim. Antes, depois, durante destes 3 anos. Lembro-me da conversa que a I. teve comigo no último verão antes da entrada na faculdade em que me disse, naquela maneira suave que ela arranja sempre de dizer as coisas mais sérias, "Ana, tens de te acalmar, agora vais entrar na Universidade, assim as pessoas vão gozar contigo". Era um bocado inconsciente, na verdade.
Podia falar do R. Que é quem mais preenche a minha vida neste momento. Quem me faz rir e chorar a rir. Quem está comigo e de quem eu não me quero afastar por mais que isso seja inevitável de acontecer.
Podia falar da S. A S. que é a única que ficou depois destes 3 anos no ISA. Quem eu passo a vida ao telefone, com quem partilho tudo e com quem tenho canis e pulmões.
Podia falar do Amor, no geral. Da amizade, no geral. Podia falar de como vou ter pena da última vez de entrar no ISA. Da última vez de tentar persuadir o segurança do portão a deixar-me entrar com o carro sem pagar porque "Estou a ter um mau dia" ou porque "Eu e a S. só conseguimos juntar 1,20€", ou porque "Temos aqui um coelho antes se quiser". Da última vez que vou estar stressada para entrar numa sala procurando estratégicamente a altura certa de entrar para não ir muito lá para a frente e combinando, ainda mais estratégicamente, as pessoas ao lado de quem quero ficar durante o exame. Da última vez que vou tirar uma caneta e colocar o telemóvel no meio das pernas sem o/a Prof. ver para o caso de surgir uma ou outra pergunta mais complicada. Ou da última vez em que vou entregar um teste. Em que respondo a uma pergunta cá fora por telemóvel à S. que sai sempre depois de mim. Da última vez que vou ao gabinete do Prof. O. dizer-lhe "olá" com o seu ar de mimado e da língua adormecida. Da última vez que vou sair do ISA...
Podia dizer mil uma coisas mal do meu curso, da minha faculdade...Mas, a verdade, é que sentimos sempre falta do que nos preenche por tanto tempo. Fica um vazio pelas vezes que, inocentemente, nos entregámos a alguma coisa. A um curso. A uma amizade. A uma relação.
Em Agosto vou-me embora. E comigo levo o tempo que vou perder aqui. O tempo que vai continuar a correr em Lisboa, no ISA, na vida da S., da I., do A. e do R.
O tempo que vai continuar a correr comigo, noutro sítio.
08/06/2010
Gupy .
Quero escrever o dia no diário em que te recebi.
Um dia quando fores mais do que uma coisa pequena linda e fofa. Quando fores minha não só por tares debaixo do meu tecto mas por te sentir feliz e triste e melancólica e quando não quiseres comer ou beber ou quando tiveres com diarreia ou constipada. Ou quando fugires de mim um dia, ou me roeres uma coisa que goste muito ou te escondas e eu não te encontre. O dia em que chorar por ti porque foste embora. Nesse dia quero me lembrar que foi hoje que te vi pela primeira vez. E que gostei logo de ti. Mesmo que seja um gostar ainda não construído. Vou me apaixonando por ti...E um dia...Um dia vou gostar de ti "por amor".
**
Um dia quando fores mais do que uma coisa pequena linda e fofa. Quando fores minha não só por tares debaixo do meu tecto mas por te sentir feliz e triste e melancólica e quando não quiseres comer ou beber ou quando tiveres com diarreia ou constipada. Ou quando fugires de mim um dia, ou me roeres uma coisa que goste muito ou te escondas e eu não te encontre. O dia em que chorar por ti porque foste embora. Nesse dia quero me lembrar que foi hoje que te vi pela primeira vez. E que gostei logo de ti. Mesmo que seja um gostar ainda não construído. Vou me apaixonando por ti...E um dia...Um dia vou gostar de ti "por amor".
**
03/06/2010
MH V
Só para animar...
"I want your love
And I want your revenge
I want your love
I don't wanna be friends
Caught in a bad romance"
Lady Gaga - Bad Romance
"I want your love
And I want your revenge
I want your love
I don't wanna be friends
Caught in a bad romance"
Lady Gaga - Bad Romance
Síndrome Pré-7 de Junho + Síndrome menstrual + Síndrome "caralho estou no meio do nada sem rede e sem net"
I'm done .
FFFFFFFFFFFFFFUUUUUUUUUUUUUUUUUUUCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCKKKKKKKKKKKKKKKKK
Se continuar assim morro de desidratação antes de 7 de Junho.
FFFFFFFFFFFFFFUUUUUUUUUUUUUUUUUUUCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCKKKKKKKKKKKKKKKKK
Se continuar assim morro de desidratação antes de 7 de Junho.
01/06/2010
Love sucks . (sometimes) .
- Eu também disse no outro dia...
- Ohh e ele?
- Disse que não conseguia dizer e parecia muito definitivo...
- Eu percebo. Era o que eu dizia antes até perceber que não. Quando gostas a sério consegues dizê-lo porque faz todo o sentido.
E eu pensei:
- Why this kind of romance never happen to me when I am with the right person ?
- Ohh e ele?
- Disse que não conseguia dizer e parecia muito definitivo...
- Eu percebo. Era o que eu dizia antes até perceber que não. Quando gostas a sério consegues dizê-lo porque faz todo o sentido.
E eu pensei:
- Why this kind of romance never happen to me when I am with the right person ?
30/05/2010
Amizades...Não-Amizades...Amizades...Não-Amizades...
Cansada.
Estupefacta.
Triste.
Chateada.
Farta.
A culpa é minha. Minha de achar que é possível continuar a acreditar. As coisas mudam. As pessoas. Os momentos.
Passamos de grandes a pequenos, de pequenos a grandes.
Quando achamos que temos tudo, acabamos com nada.
A perceber que o tudo que temos é feito de plástico. Que se queima com a mais pequena chama, que se esmaga com o mais pequeno peso.
São amizades que se chamam amizades por não serem amizades.
Amizades que não se chamam amizades, porque se chamam outra coisa qualquer, são amizades.
As minhas. As minhas duas amizades. São grandes. São pequenas de tão grandes que são. E trazem-me um vazio enorme quando percebo que não são amizades aquelas que quebram a barreira da não-amizade.
Sou amiga de todos. De todos os que me querem bem e mal. O problema é o querer. É o querer deixar de o ser.
Estupefacta.
Triste.
Chateada.
Farta.
A culpa é minha. Minha de achar que é possível continuar a acreditar. As coisas mudam. As pessoas. Os momentos.
Passamos de grandes a pequenos, de pequenos a grandes.
Quando achamos que temos tudo, acabamos com nada.
A perceber que o tudo que temos é feito de plástico. Que se queima com a mais pequena chama, que se esmaga com o mais pequeno peso.
São amizades que se chamam amizades por não serem amizades.
Amizades que não se chamam amizades, porque se chamam outra coisa qualquer, são amizades.
As minhas. As minhas duas amizades. São grandes. São pequenas de tão grandes que são. E trazem-me um vazio enorme quando percebo que não são amizades aquelas que quebram a barreira da não-amizade.
Sou amiga de todos. De todos os que me querem bem e mal. O problema é o querer. É o querer deixar de o ser.
24/05/2010
Dias
Hoje acordei com saudades tuas. Acho que estou a começar a perceber o que vai acontecer... E quando penso nisso não há nada que limpe o que sinto. Nem as tuas palavras.
Podia aprender a gostar disto. Podia prender-me nesta rotina que percebi, nestes dias, que até nem desgosto assim tanto. Podia deixar-me levar. Podia acomodar-me, como toda a gente faz. Como eu odeio que toda a gente faça. Podia. Podia porque até podia fazer sentido ficar...permanecer aqui. Contigo.
Mas a minha cabeça diz que não faz. Diz que nada vale a pena, mais uma vez. Nada vale a pena. Nem mesmo tu...nem mesmo nós.
Eu pensava que o meu coração tinha sido forrado de ferro depois dele. Pensava que depois daquele Verão e Outono tinha queimado até ao fim toda a réstia de sentimento. Até à cinza. Até ao pó.
Mas não. Ele desarmou-se do ferro que lhe pus. Desarmou-se e eu fechei os olhos a isso. Porque é mesmo assim... E contigo. Logo contigo. Logo agora...
Eu podia tentar deixar de gostar de ti. Eu podia prende-lo outra vez. Podia. Mas não consigo.
Não são só os iogurtes que têm prazo de validade.
Devias ter vindo com manual de instruções e garantia.
Podia aprender a gostar disto. Podia prender-me nesta rotina que percebi, nestes dias, que até nem desgosto assim tanto. Podia deixar-me levar. Podia acomodar-me, como toda a gente faz. Como eu odeio que toda a gente faça. Podia. Podia porque até podia fazer sentido ficar...permanecer aqui. Contigo.
Mas a minha cabeça diz que não faz. Diz que nada vale a pena, mais uma vez. Nada vale a pena. Nem mesmo tu...nem mesmo nós.
Eu pensava que o meu coração tinha sido forrado de ferro depois dele. Pensava que depois daquele Verão e Outono tinha queimado até ao fim toda a réstia de sentimento. Até à cinza. Até ao pó.
Mas não. Ele desarmou-se do ferro que lhe pus. Desarmou-se e eu fechei os olhos a isso. Porque é mesmo assim... E contigo. Logo contigo. Logo agora...
Eu podia tentar deixar de gostar de ti. Eu podia prende-lo outra vez. Podia. Mas não consigo.
Não são só os iogurtes que têm prazo de validade.
Devias ter vindo com manual de instruções e garantia.
14/05/2010
Sonhos fora de Realidade
Na rua com o Vasquinho escrevi este post na minha mente. Escrevi-o até ao fim, com vírgulas e tudo. Mas depois voou.
Já perdi a conta dos posts que escrevi só porque sonhei contigo.
A verdade é que não percebo. Não percebo porque é que o meu inconsciente ainda te lê os pensamentos e os inclui na minha cabeça. Já desinstalei este programa, já o reiniciei, já tentei formatar e apagar tudo...e nem assim.
Percebi hoje que também os sonhos são como espinhos para as bolas de sabão. Passamos dias a construí-las, satisfeitos com o resultado final, confortavelmente vivendo dentro delas e de repente...de repente um flash confunde a realidade e ficamos perdidos.
Os sonhos atrapalham-nos a memória. Deixam pedaços do passado perdidos no presente e substituem pessoas e espaços. Confundem os tempos e mistificam sentimentos.
Odeio sonhar contigo. É inconfortável. É inconfortável pensar em ti como se ainda vivesses aqui e fosses ainda parte de mim. Não porque doa porque já não dói. Mas porque não faz parte do que sou agora. Não faz parte do que sinto.
É como pores uma borboleta dentro de um aquário só porque ela, um dia, já foi lagarta. Não faz parte.
É a altura das fitas das bênçãos (bênções?). Anda tudo a distribuir pedaços de papel com significados diferentes para um dia fazer chorar quando se reler.
Chama-se nostalgia.
Todos. Todos acabam o curso. Parecem estar certos do caminho, dos passos a seguir, de mapa na mão sem precisar de prestar atenção às placas. Eu fico feliz. Por eles. Fico feliz por eles.
Estou desejosa de chegar ao meu caminho.
E hoje tracei caminhos. Fico triste por deixar coisas. Pessoas, mais propriamente. Pessoa, mais propriamente.
Odeio. Odeio que me quebrem o Pai Natal.
Já perdi a conta dos posts que escrevi só porque sonhei contigo.
A verdade é que não percebo. Não percebo porque é que o meu inconsciente ainda te lê os pensamentos e os inclui na minha cabeça. Já desinstalei este programa, já o reiniciei, já tentei formatar e apagar tudo...e nem assim.
Percebi hoje que também os sonhos são como espinhos para as bolas de sabão. Passamos dias a construí-las, satisfeitos com o resultado final, confortavelmente vivendo dentro delas e de repente...de repente um flash confunde a realidade e ficamos perdidos.
Os sonhos atrapalham-nos a memória. Deixam pedaços do passado perdidos no presente e substituem pessoas e espaços. Confundem os tempos e mistificam sentimentos.
Odeio sonhar contigo. É inconfortável. É inconfortável pensar em ti como se ainda vivesses aqui e fosses ainda parte de mim. Não porque doa porque já não dói. Mas porque não faz parte do que sou agora. Não faz parte do que sinto.
É como pores uma borboleta dentro de um aquário só porque ela, um dia, já foi lagarta. Não faz parte.
É a altura das fitas das bênçãos (bênções?). Anda tudo a distribuir pedaços de papel com significados diferentes para um dia fazer chorar quando se reler.
Chama-se nostalgia.
Todos. Todos acabam o curso. Parecem estar certos do caminho, dos passos a seguir, de mapa na mão sem precisar de prestar atenção às placas. Eu fico feliz. Por eles. Fico feliz por eles.
Estou desejosa de chegar ao meu caminho.
E hoje tracei caminhos. Fico triste por deixar coisas. Pessoas, mais propriamente. Pessoa, mais propriamente.
Odeio. Odeio que me quebrem o Pai Natal.
11/05/2010
MH IV
You're a part-time lover and a full-time friend,
I don't see what anyone can see in anyone else...
But you.
"Anyone Else But You"
Moldy Peaches
I don't see what anyone can see in anyone else...
But you.
"Anyone Else But You"
Moldy Peaches
07/05/2010
Bairro Baixo
Acho que já percebi o problema.
O problema de todos os problemas.
É a expectativa.
A expectativa que temos de uma noite. De um dia.
A expectativa que temos de uma pessoa, de um abraço, de um carinho.
A expectativa que temos para uma tarde em casa quando nos batem à porta.
A expectativa é algo em que pensamos com certeza.
Vem seguido de um "vai ser assim".
Vem com balões e fitas de várias cores a explicar o que se vai suceder sem de facto pensarmos nas variadas hipóteses que fogem dessa principal. Dessa expectativa.
A verdade é que tenho tantas expectativas e nem sequer tenho consciência de que existem, que são de facto apenas isso, e não factos reais e garantidos.
Criei uma bola de sabão que se rompe vezes sem conta quando estou frágil.
O meu limite de felicidade existe quando ela se mantém em tempo recorde sem ameaças.
E o meu limite de tristeza existe quando ela se rompe mesmo antes de se conseguir reconstruir de novo.
É frágil e inseguro vivermos dentro de bolas de sabão.
Há pessoas que têm espinhos nas mãos, nos pés...no toque.
E o pior...o pior é quando são essas as pessoas que queremos agarrar com mais força. Mesmo que doa. Mesmo que se fure a bola de sabão num ápice. Mesmo assim, parece sempre mais confortável.
Às vezes magoa ser feliz.
Magoa mais do que não ser coisa nenhuma.
O meio termo é sempre o caminho mais limpo de todas as tentações.
O meu não existe. Vive escondido num buraco negro qualquer.
Quando choro é porque as expectativas furam a bola de sabão em várias direcções.
Não consigo controlar.
Se eu pudesse...Se eu pudesse guardava-te todos os dias da minha vida e mudava-te a forma.
Não consigo achar a perfeição.
"Porque há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Mesmo para quem, como eu, nunca soube escavar até ao fundo dessa gruta negra, trans-siberiana, húmida, universal, a que chamamos coração."
Inês Pedrosa in Fica Comigo Esta Noite
O problema de todos os problemas.
É a expectativa.
A expectativa que temos de uma noite. De um dia.
A expectativa que temos de uma pessoa, de um abraço, de um carinho.
A expectativa que temos para uma tarde em casa quando nos batem à porta.
A expectativa é algo em que pensamos com certeza.
Vem seguido de um "vai ser assim".
Vem com balões e fitas de várias cores a explicar o que se vai suceder sem de facto pensarmos nas variadas hipóteses que fogem dessa principal. Dessa expectativa.
A verdade é que tenho tantas expectativas e nem sequer tenho consciência de que existem, que são de facto apenas isso, e não factos reais e garantidos.
Criei uma bola de sabão que se rompe vezes sem conta quando estou frágil.
O meu limite de felicidade existe quando ela se mantém em tempo recorde sem ameaças.
E o meu limite de tristeza existe quando ela se rompe mesmo antes de se conseguir reconstruir de novo.
É frágil e inseguro vivermos dentro de bolas de sabão.
Há pessoas que têm espinhos nas mãos, nos pés...no toque.
E o pior...o pior é quando são essas as pessoas que queremos agarrar com mais força. Mesmo que doa. Mesmo que se fure a bola de sabão num ápice. Mesmo assim, parece sempre mais confortável.
Às vezes magoa ser feliz.
Magoa mais do que não ser coisa nenhuma.
O meio termo é sempre o caminho mais limpo de todas as tentações.
O meu não existe. Vive escondido num buraco negro qualquer.
Quando choro é porque as expectativas furam a bola de sabão em várias direcções.
Não consigo controlar.
Se eu pudesse...Se eu pudesse guardava-te todos os dias da minha vida e mudava-te a forma.
Não consigo achar a perfeição.
"Porque há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Mesmo para quem, como eu, nunca soube escavar até ao fundo dessa gruta negra, trans-siberiana, húmida, universal, a que chamamos coração."
Inês Pedrosa in Fica Comigo Esta Noite
29/04/2010
Título de Jornais
27/04/2010
Hospitais. Teatro. Vida.
Tenho tentado dividir-me em tudo. Tenho tentado ser tantas quantas são precisas para sobreviver. Tenho tentado preencher o vazio com outras coisas. Tentei desesperadamente arranjar menos tempo livre e consegui. Consegui demais.
Hospitais. Conheci a maioria dos hospitais de Lisboa nestes últimos dias. Tenho-me passeado entre eles à tua procura mas estás ausente.
Olho para ti. Para ti. E não sei onde estás. Só te vejo o corpo sem vida. Sem a tua vida, o teu andar, as tuas palavras. És uma criança que deambula naqueles hospitais tão perdida quanto eu. Não sabes que é feio arrotar e dizer asneiras. Não sabes como pedir um copo de água. E não faz mal. Não faz mal porque a verdade é que gosto de ti à mesma.
Tenho te escrito cartas no tempo que me sobra. E se calhar é por isso que tenho vindo escrever menos aqui... Se calhar todas as minhas palavras destes dias exaustos tenham ficado pelos papéis que te guardo num envelope...
Hoje sinto-me calma. Sem nada que reste do muito que há.
O tempo tem fugido de mim e eu percebi que não há nada que possa fazer para o mandar vir buscar-me.
Senti-me fria. Distante. Arrojadamente triste. Atulhada de horários e pressões. Senti-me neutra. Impaciente.
Fui um bocadinho de tudo o que poderia ter sido.
E percebi. Percebi numa noite destas. No meio das palmas. No meio dos sorrisos e do orgulho. Percebi o que me preenche no fim. O que, no fim, me diz que vale a pena. Que valeu a pena. Que me faz esquecer as noites mal dormidas. São pessoas. São amigos.
Senti-me uma borboleta sem asas.
E ontem...ontem voltei a voar.
Hospitais. Conheci a maioria dos hospitais de Lisboa nestes últimos dias. Tenho-me passeado entre eles à tua procura mas estás ausente.
Olho para ti. Para ti. E não sei onde estás. Só te vejo o corpo sem vida. Sem a tua vida, o teu andar, as tuas palavras. És uma criança que deambula naqueles hospitais tão perdida quanto eu. Não sabes que é feio arrotar e dizer asneiras. Não sabes como pedir um copo de água. E não faz mal. Não faz mal porque a verdade é que gosto de ti à mesma.
Tenho te escrito cartas no tempo que me sobra. E se calhar é por isso que tenho vindo escrever menos aqui... Se calhar todas as minhas palavras destes dias exaustos tenham ficado pelos papéis que te guardo num envelope...
Hoje sinto-me calma. Sem nada que reste do muito que há.
O tempo tem fugido de mim e eu percebi que não há nada que possa fazer para o mandar vir buscar-me.
Senti-me fria. Distante. Arrojadamente triste. Atulhada de horários e pressões. Senti-me neutra. Impaciente.
Fui um bocadinho de tudo o que poderia ter sido.
E percebi. Percebi numa noite destas. No meio das palmas. No meio dos sorrisos e do orgulho. Percebi o que me preenche no fim. O que, no fim, me diz que vale a pena. Que valeu a pena. Que me faz esquecer as noites mal dormidas. São pessoas. São amigos.
Senti-me uma borboleta sem asas.
E ontem...ontem voltei a voar.
20/04/2010
Tempo .
Não me sobra tempo para nada nestes dias.
Nem sei como consigo arranjar tempo para respirar ainda.
E quero tanto...quero tanto escrever. Deixar aqui o que ando a transportar comigo nas últimas rotinas. Deixar um pedacinho do que tenho vivido. Só para conseguir pôr uma sombra de sorriso nestes dias.
Estou a ser injusta. Há sorrisos. Há risos. Há gargalhadas, até.
Mas há cansaço. Os meus olhos pesam como nunca me pesaram.
Agora não me lembro de me sentir sozinha.
O que quero dizer deixa de fazer sentido. Quero ter mãos para tudo e agarrar o quanto antes quanto mais coisas possa.
E não sei. Não sei quem pode esperar por mim. Não sei quem vai querer ficar à espera.
Quero uma tarde passada na cama. A ver um filme. Uma série. Mesmo que não veja nada, mesmo que adormeça sobre o peso do silêncio.
Há dias em que falta tudo.
E dias em que sobra tudo o resto.
Nem sei como consigo arranjar tempo para respirar ainda.
E quero tanto...quero tanto escrever. Deixar aqui o que ando a transportar comigo nas últimas rotinas. Deixar um pedacinho do que tenho vivido. Só para conseguir pôr uma sombra de sorriso nestes dias.
Estou a ser injusta. Há sorrisos. Há risos. Há gargalhadas, até.
Mas há cansaço. Os meus olhos pesam como nunca me pesaram.
Agora não me lembro de me sentir sozinha.
O que quero dizer deixa de fazer sentido. Quero ter mãos para tudo e agarrar o quanto antes quanto mais coisas possa.
E não sei. Não sei quem pode esperar por mim. Não sei quem vai querer ficar à espera.
Quero uma tarde passada na cama. A ver um filme. Uma série. Mesmo que não veja nada, mesmo que adormeça sobre o peso do silêncio.
Há dias em que falta tudo.
E dias em que sobra tudo o resto.
11/04/2010
L .
Easy to begin but hard to end .
Se for não sei o que é.
E se for devia ser sempre assim.
E se não for...se não for é porque devia ser.
Queremos sempre o que não temos. Ou mais do que o que temos.
Tempo. Eu quero tempo.
Se for não sei o que é.
E se for devia ser sempre assim.
E se não for...se não for é porque devia ser.
Queremos sempre o que não temos. Ou mais do que o que temos.
Tempo. Eu quero tempo.
02/04/2010
25/03/2010
Zero .
Hoje percebi que estou descoordenada com a vida. Com a vida, como quem diz. Com as pessoas.
Aquela sensação de ir entrar num sítio para procurar alguém e esse alguém ter acabado de bater com a porta e saído a correr por causa de uma emergência. Diz-se que estamos descoordenados. Ou que não estamos em sintonia.
Quando todo o mundo parece estar de pernas para o ar sem saber para onde se virar, eu estou com os pés assentes na terra. Certa do que sou, do que fui e para onde vou.
E quando tudo parece sorrir. Quando a Primavera chega sem chuva, com aquele bafo mais quente, menos frio... Eu estou de pé atrás. Com os dois pés atrás. Bem atrás.
Sinto o meu pensamento sempre 20 passos mais a frente do que onde eu consigo chegar.
Sinto frio nos pés quando é para andar. Não quero.
Quero ficar parada. Adormecer de vez em quando. Que o despertador se esqueça de tocar.
Quero que seja normal. Quero que seja normal!
Todos os dias penso...todos os dias me lembro disso, da vontade que tenho de carregar na pausa. Todos os dias de manhã antes de tomar banho. Todos os dias quando estou a ir para o comboio. Todos os dias quando acabo de almoçar. Todos os dias...
Agora. Agora carregava na pausa outra vez. Outra vez e outra vez. Vezes sem conta. Sem me cansar. Sem me cansar de ver o mundo parado.
Preciso de me recompor. Recompor-me nem eu sei bem do quê. Mas estou cansada.
E logo hoje. Logo hoje que percebi que há tantos zeros na minha vida.
Quero pensar neles. Tentar resolve-los. E não posso porque não há tempo. Não há tempo para pensar.
E zero é a palavra mais triste do mundo .
Aquela sensação de ir entrar num sítio para procurar alguém e esse alguém ter acabado de bater com a porta e saído a correr por causa de uma emergência. Diz-se que estamos descoordenados. Ou que não estamos em sintonia.
Quando todo o mundo parece estar de pernas para o ar sem saber para onde se virar, eu estou com os pés assentes na terra. Certa do que sou, do que fui e para onde vou.
E quando tudo parece sorrir. Quando a Primavera chega sem chuva, com aquele bafo mais quente, menos frio... Eu estou de pé atrás. Com os dois pés atrás. Bem atrás.
Sinto o meu pensamento sempre 20 passos mais a frente do que onde eu consigo chegar.
Sinto frio nos pés quando é para andar. Não quero.
Quero ficar parada. Adormecer de vez em quando. Que o despertador se esqueça de tocar.
Quero que seja normal. Quero que seja normal!
Todos os dias penso...todos os dias me lembro disso, da vontade que tenho de carregar na pausa. Todos os dias de manhã antes de tomar banho. Todos os dias quando estou a ir para o comboio. Todos os dias quando acabo de almoçar. Todos os dias...
Agora. Agora carregava na pausa outra vez. Outra vez e outra vez. Vezes sem conta. Sem me cansar. Sem me cansar de ver o mundo parado.
Preciso de me recompor. Recompor-me nem eu sei bem do quê. Mas estou cansada.
E logo hoje. Logo hoje que percebi que há tantos zeros na minha vida.
Quero pensar neles. Tentar resolve-los. E não posso porque não há tempo. Não há tempo para pensar.
E zero é a palavra mais triste do mundo .
23/03/2010
MH III
Esta foi a música que vim a cantar no caminho de casa...
Adoro esta Mulher!
"Pressinto o teu corpo no ar...aqui,
E vou como se o mundo todo fosse sugado para dentro de ti.
E não houvesse nada a fazer,
Senão deixar-me ir."
Mafalda Veiga - Uma Gota
Adoro esta Mulher!
"Pressinto o teu corpo no ar...aqui,
E vou como se o mundo todo fosse sugado para dentro de ti.
E não houvesse nada a fazer,
Senão deixar-me ir."
Mafalda Veiga - Uma Gota
20/03/2010
Uma questão de Sangue .
Lembrava-me de ti de cabelo escuro, meio encaracolado nas pontas. Sempre solto.
Lembrava-me de ti com uma bengala, baixando as costas.
Lembrava-me de ti a falar alto, entre os poucos dentes que tinhas. Nenhum em cima e 4 em baixo.
Hoje chegou (finalmente?) o dia.
Olhei para ti e nem me reconheceste.
Quando ouviste a minha voz e percebeste que era para ti soltaste um Ai. Um Ai amoroso. Um amoroso teu. Mesmo peculiar.
Não me lembrava de como eras. De como respiravas devagar. De como olhavas sempre para as pessoas de baixo para cima. De como fechavas a boca com o lábio de cima tapado pelo de baixo.
Em como falavas.
Em como eras engraçada a falar.
Em como eras despachada.
Em como barafustavas em voz alta.
A minha mãe mandou-te calar. E nessa altura identifiquei-me contigo. Com essa voz alta e respondona, aquele tom de brincadeira irritante.
Saí a ti...será?
Não estava a espera de te abraçar. De te dar um beijinho. E te pôr pingos nos olhos. De me rir das tuas parvoeiras.
Estava a espera de não conseguir. De não te perdoar. De não querer estar ali. De não querer estar ao pé de ti.
Mas foi bom. Não é que tenha esquecido tudo. Não é como se não se passasse nada. Mas...fiquei com a estranha sensação de ter perdido o teu tempo.
De ter faltado à tua velhice. De não estar contigo. De te ir ver agora só porque estavas no hospital.
Agora não quero que partas. Agora quero ao menos te conseguir perdoar. Porque até gosto de ti...apesar de isso ser uma questão de sangue.
O tempo corre ao teu lado. E só espero que não te percas nele.
Só espero conseguir segurar-te a mão quando o relógio parar.
Lembrava-me de ti com uma bengala, baixando as costas.
Lembrava-me de ti a falar alto, entre os poucos dentes que tinhas. Nenhum em cima e 4 em baixo.
Hoje chegou (finalmente?) o dia.
Olhei para ti e nem me reconheceste.
Quando ouviste a minha voz e percebeste que era para ti soltaste um Ai. Um Ai amoroso. Um amoroso teu. Mesmo peculiar.
Não me lembrava de como eras. De como respiravas devagar. De como olhavas sempre para as pessoas de baixo para cima. De como fechavas a boca com o lábio de cima tapado pelo de baixo.
Em como falavas.
Em como eras engraçada a falar.
Em como eras despachada.
Em como barafustavas em voz alta.
A minha mãe mandou-te calar. E nessa altura identifiquei-me contigo. Com essa voz alta e respondona, aquele tom de brincadeira irritante.
Saí a ti...será?
Não estava a espera de te abraçar. De te dar um beijinho. E te pôr pingos nos olhos. De me rir das tuas parvoeiras.
Estava a espera de não conseguir. De não te perdoar. De não querer estar ali. De não querer estar ao pé de ti.
Mas foi bom. Não é que tenha esquecido tudo. Não é como se não se passasse nada. Mas...fiquei com a estranha sensação de ter perdido o teu tempo.
De ter faltado à tua velhice. De não estar contigo. De te ir ver agora só porque estavas no hospital.
Agora não quero que partas. Agora quero ao menos te conseguir perdoar. Porque até gosto de ti...apesar de isso ser uma questão de sangue.
O tempo corre ao teu lado. E só espero que não te percas nele.
Só espero conseguir segurar-te a mão quando o relógio parar.
15/03/2010
"Depois da tempestade vem sempre a bonança..."
Lá diz o ditado. E alguma coisa nele bateu certo nestes últimos dias.
Se há alturas em que não sabemos o que fazer...
Em que só pensamos optar pelo caminho mais fácil...
Em que baixamos os braços aos sonhos...
Em que desistir parece ser uma palavra tão mais forte que persistir...
Então há alturas em que sabemos exactamente o que queremos...
Em que nasce uma força única que nos empurra para a frente...
Em que descobrimos o caminho para a nossa montanha...
Em que sabemos exactamente o que nos deixa feliz...
Há alturas em que acreditamos um querer basta.
E basta. Um querer faz mover as montanhas para chegarmos à nossa. Um querer faz alargar horizontes dispersos e percorrer caminhos inalcançáveis.
É um querer. É um sonho.
É uma realidade futura.
:)
Se há alturas em que não sabemos o que fazer...
Em que só pensamos optar pelo caminho mais fácil...
Em que baixamos os braços aos sonhos...
Em que desistir parece ser uma palavra tão mais forte que persistir...
Então há alturas em que sabemos exactamente o que queremos...
Em que nasce uma força única que nos empurra para a frente...
Em que descobrimos o caminho para a nossa montanha...
Em que sabemos exactamente o que nos deixa feliz...
Há alturas em que acreditamos um querer basta.
E basta. Um querer faz mover as montanhas para chegarmos à nossa. Um querer faz alargar horizontes dispersos e percorrer caminhos inalcançáveis.
É um querer. É um sonho.
É uma realidade futura.
:)
10/03/2010
MH II
Hoje Cranberries 21:00 Campo Pequeno.
E eu vou! :D
Deixo aqui a minha música favorita. Linda.
Cranberries - Linger
"I thought the world of you.
I thought nothing could go wrong,
But I was wrong.
If you could get by, trying not to lie,
Things wouldn't be so confused and I wouldn't feel so used,
But you always really knew,
I just wanna be with you.
You know I'm such a fool for you."
E eu vou! :D
Deixo aqui a minha música favorita. Linda.
Cranberries - Linger
"I thought the world of you.
I thought nothing could go wrong,
But I was wrong.
If you could get by, trying not to lie,
Things wouldn't be so confused and I wouldn't feel so used,
But you always really knew,
I just wanna be with you.
You know I'm such a fool for you."
07/03/2010
Música de hoje I
E depois de 1 hora a (finalmente) tentar perceber como se metia esta caixinha com música aqui no Pijaminha, lá consegui.
Hoje foi o dia de trazer música para aqui. Simplesmente porque, de facto, não ando nos meus melhores dias, e há músicas que traduzem sempre tudo tão bem.
Portanto, a música de hoje é
Cardigans - Explode or Implode
"And you last just as long as it serves you
Explode or implode(...)
What’s good, you hurt it
And it kills you it keeps you alive"
Hoje foi o dia de trazer música para aqui. Simplesmente porque, de facto, não ando nos meus melhores dias, e há músicas que traduzem sempre tudo tão bem.
Portanto, a música de hoje é
Cardigans - Explode or Implode
"And you last just as long as it serves you
Explode or implode(...)
What’s good, you hurt it
And it kills you it keeps you alive"
06/03/2010
A-M-I-Z-A-D-E
Tenho andado há que tempos para escrever este post...mas a vontade de pôr isto tudo em palavras é pouca.
Amizade...
"Ás vezes chove...
Chove...chove...chove...lá fora.
E o meu coração chora!
E sinto uma lágrima a correr pela minha face.
Um amigo.
Mais não é preciso para ver o sol nascer atrás de uma nuvem.
Ah, Amizade como és difícil.
Como me fazes vaguiar pelas ruas.
Como me fazes ás vezes morrer.
Mas mesmo nessa loucura.
Mesmo na mais escura.
Há sempre alguém que me puxa para fora.
Eu chamo-lhe Amigo.
E ele diz: - Vem comigo!
E eu fico a olhar para ele como se fosse algo de anormal...
E então percebo o que é a amizade!
É uma alegria na nossa tristeza.
É o que nos faz viver. É o que me faz viver a mim!"
5.12.07
Tenho palavras entrelaçadas em momentos ditos e feitos. Tenho um mundo gigante de cores azuis por visitar. Tenho um céu estrelado na ponta da minha cabeça.
Já lutei tanto por ti, amizade. Já esperei tanto de ti quando não me deste nada. Já te virei as costas quando só querias oferecer-me tudo.
Já fingi para que continuasses aqui. Já menti. Já desiludi. Já chorei, como choro agora. Já fugi...com todas as minhas forças, corri de coração nas mãos por não querer mais.
A verdade é que existes para me fazer feliz. É a tua definição teórica, o que se aprende quando somos crianças, o que nos ensinam na escola quando pisamos os pés do colega por querermos chegar primeiro à sala de aula.
Mas o que fazes de mim é coisa diferente. Não és como me ensinaram que fosses.
Enganas, mentes, falas mal, pisas, troças, gozas, és indiferente...
E se é isso que és...se é mesmo só isso que és...não quero saber de ti. Percebes? Não quero.
Pensava que eras assim...
Que eram tantos os momentos e todos tão perfeitos...
Que as brincadeiras eram sinais de eternidade...
E os sorrisos sinais de felicidade...
Mas cedo percebi que o que querias de mim eram entretenimento. Que eu era um yô-yô com o qual gostavas de jogar de vez em quando. Que quando passava de moda e toda a gente parecia mudar para o Diablo, então tu guardavas o yô-yô numa gaveta onde nunca mais punhas mão.
Pois digo-te eu agora, digo-te triste, magoada, com saudades de ti...mas digo-te...cansei-me de ser um yô-yô.
Cansei-me de ti. Cansei-me de perceber que não passas de uma equação louca, uma equação de pessoas e sítios enormes e numerosos que acaba num número mínimo e insignificante. Cansei-me de pensar em ti, de chorar por ti, de pensar que mudavas...que havia outra pessoa melhor, e era desta...e desta...e desta...e desta........
Estou cansada e farta. Cansada e farta. Farta e cansada. Não gosto de fingir. Odeio fingir. Odeio que finjas comigo, que digas que sim, que vais ficar aqui e que depois vás embora e me roubes tudo.
A verdade é que só existes em pequenos casos. Pequenos e enormes casos. Mas pequenos.
A verdade é que te escondes e não queres saber. Escondes-te em ruas que não consigo entrar, em lugares onde não consigo ver...tapas-me os olhos e eu estou cansada de tentar por ti. Por ti que não queres nada.
A verdade...a verdade é que deixas de existir aos poucos. E aos poucos percebo que o teu salão de jogos não me interessa, nem as pessoas que fazem parte dele. Interessa-me os outros, interessa-me os que ainda guardas para mim, especialmente para mim, embrulhados numa caixa de metal.
Esses.
Amizade...
"Ás vezes chove...
Chove...chove...chove...lá fora.
E o meu coração chora!
E sinto uma lágrima a correr pela minha face.
Um amigo.
Mais não é preciso para ver o sol nascer atrás de uma nuvem.
Ah, Amizade como és difícil.
Como me fazes vaguiar pelas ruas.
Como me fazes ás vezes morrer.
Mas mesmo nessa loucura.
Mesmo na mais escura.
Há sempre alguém que me puxa para fora.
Eu chamo-lhe Amigo.
E ele diz: - Vem comigo!
E eu fico a olhar para ele como se fosse algo de anormal...
E então percebo o que é a amizade!
É uma alegria na nossa tristeza.
É o que nos faz viver. É o que me faz viver a mim!"
5.12.07
Tenho palavras entrelaçadas em momentos ditos e feitos. Tenho um mundo gigante de cores azuis por visitar. Tenho um céu estrelado na ponta da minha cabeça.
Já lutei tanto por ti, amizade. Já esperei tanto de ti quando não me deste nada. Já te virei as costas quando só querias oferecer-me tudo.
Já fingi para que continuasses aqui. Já menti. Já desiludi. Já chorei, como choro agora. Já fugi...com todas as minhas forças, corri de coração nas mãos por não querer mais.
A verdade é que existes para me fazer feliz. É a tua definição teórica, o que se aprende quando somos crianças, o que nos ensinam na escola quando pisamos os pés do colega por querermos chegar primeiro à sala de aula.
Mas o que fazes de mim é coisa diferente. Não és como me ensinaram que fosses.
Enganas, mentes, falas mal, pisas, troças, gozas, és indiferente...
E se é isso que és...se é mesmo só isso que és...não quero saber de ti. Percebes? Não quero.
Pensava que eras assim...
Que eram tantos os momentos e todos tão perfeitos...
Que as brincadeiras eram sinais de eternidade...
E os sorrisos sinais de felicidade...
Mas cedo percebi que o que querias de mim eram entretenimento. Que eu era um yô-yô com o qual gostavas de jogar de vez em quando. Que quando passava de moda e toda a gente parecia mudar para o Diablo, então tu guardavas o yô-yô numa gaveta onde nunca mais punhas mão.
Pois digo-te eu agora, digo-te triste, magoada, com saudades de ti...mas digo-te...cansei-me de ser um yô-yô.
Cansei-me de ti. Cansei-me de perceber que não passas de uma equação louca, uma equação de pessoas e sítios enormes e numerosos que acaba num número mínimo e insignificante. Cansei-me de pensar em ti, de chorar por ti, de pensar que mudavas...que havia outra pessoa melhor, e era desta...e desta...e desta...e desta........
Estou cansada e farta. Cansada e farta. Farta e cansada. Não gosto de fingir. Odeio fingir. Odeio que finjas comigo, que digas que sim, que vais ficar aqui e que depois vás embora e me roubes tudo.
A verdade é que só existes em pequenos casos. Pequenos e enormes casos. Mas pequenos.
A verdade é que te escondes e não queres saber. Escondes-te em ruas que não consigo entrar, em lugares onde não consigo ver...tapas-me os olhos e eu estou cansada de tentar por ti. Por ti que não queres nada.
A verdade...a verdade é que deixas de existir aos poucos. E aos poucos percebo que o teu salão de jogos não me interessa, nem as pessoas que fazem parte dele. Interessa-me os outros, interessa-me os que ainda guardas para mim, especialmente para mim, embrulhados numa caixa de metal.
Esses.
03/03/2010
Planos
Sem ressentimentos voltei. Voltei como quem volta a casa e espera uma lareira acesa que nos aqueça. Voltei de sorriso na cara, sem esperar nada.
Fico feliz por agora ver que ultrapassei certas etapas da minha vida com sucesso. E ultrapassar é quando olhamos para trás não com arrependimento, não com mágoa nem sequer com indiferença...mas com um sorriso. Mesmo que seja um sorriso de saudade.
Gosto quando acontece. Gosto quando acontece de repente perceber que cresci. Que sou mais de muito mais que desconhecia. Que posso ser e vou ser.
Vou ser feliz. Por mais que custe. Por mais forças que tenha de ter. Vou tê-las. Vou ser feliz.
Vou ser completamente feliz. Vou conseguir juntar-te no meu mundo imaginário. Vou lutar por ti porque sei que por mim te cansas.
E vou conseguir. Vai haver um dia em que vou acordar contigo ao meu lado. Vais estar a dormir, como estás sempre quando acordo, e eu vou tentar desejar mais e não vou conseguir. Vou sorrir como sorriu sempre.
Estar apaixonada por ti é o maior risco que já corri.
Fico feliz por agora ver que ultrapassei certas etapas da minha vida com sucesso. E ultrapassar é quando olhamos para trás não com arrependimento, não com mágoa nem sequer com indiferença...mas com um sorriso. Mesmo que seja um sorriso de saudade.
Gosto quando acontece. Gosto quando acontece de repente perceber que cresci. Que sou mais de muito mais que desconhecia. Que posso ser e vou ser.
Vou ser feliz. Por mais que custe. Por mais forças que tenha de ter. Vou tê-las. Vou ser feliz.
Vou ser completamente feliz. Vou conseguir juntar-te no meu mundo imaginário. Vou lutar por ti porque sei que por mim te cansas.
E vou conseguir. Vai haver um dia em que vou acordar contigo ao meu lado. Vais estar a dormir, como estás sempre quando acordo, e eu vou tentar desejar mais e não vou conseguir. Vou sorrir como sorriu sempre.
Estar apaixonada por ti é o maior risco que já corri.
01/03/2010
Estou F-A-R-T-A . . .
Farta de...
De pessoas...
E...
Farta de...
E muito farta de...
Basicamente o meu estado de espírito hoje resume-se assim...
Uma imagem vale mais do que mil palavras mas hoje acho que não consigo ficar me só pelas palavras. Estou farta...absolutamente farta...irremediavelmente farta...
Farta de pessoas. De pessoas que se dizem amigos. De pessoas que se dizem preocupar. De pessoas que se riem por rir. E falam por falar.
Estou farta de não fazer porque não convém. Farta de ouvir e não responder.
A verdade é que só estou bem longe...e quanto mais longe melhor estou. E começo a não conseguir perceber que pessoas o meu longe consegue incluir...porque achava que eram mais...achava que havia mais com quem partilhar a minha vida.
A solidão mata-me. A espera desilude-me. A desilusão mata-me.
De pessoas...
E...
Farta de...
E muito farta de...
Basicamente o meu estado de espírito hoje resume-se assim...
Uma imagem vale mais do que mil palavras mas hoje acho que não consigo ficar me só pelas palavras. Estou farta...absolutamente farta...irremediavelmente farta...
Farta de pessoas. De pessoas que se dizem amigos. De pessoas que se dizem preocupar. De pessoas que se riem por rir. E falam por falar.
Estou farta de não fazer porque não convém. Farta de ouvir e não responder.
A verdade é que só estou bem longe...e quanto mais longe melhor estou. E começo a não conseguir perceber que pessoas o meu longe consegue incluir...porque achava que eram mais...achava que havia mais com quem partilhar a minha vida.
A solidão mata-me. A espera desilude-me. A desilusão mata-me.
23/02/2010
Não percebi ainda onde chegámos. Às vezes é tão claro e óbvio...e noutras vezes é tão confuso e estranho. É tão novo que nem parece meu. E se calhar não é.
Só gostava que te embrulhasses de vez. Que não me destapasses sempre que te incomoda. Que não te incomodasse.
Porque o vento de aconchego sabe bem. Mas o frio de solidão não tanto.
Só gostava que te embrulhasses de vez. Que não me destapasses sempre que te incomoda. Que não te incomodasse.
Porque o vento de aconchego sabe bem. Mas o frio de solidão não tanto.
21/02/2010
Londres .
Se há tantas coisas que senti, há ainda tantas por explicar...
Pensava que ia encher-me de palavras. Mas voltei vazia.
Vazia de silêncios confortáveis. Calma dentro da minha euforia espontânea. Voltei feliz, com força.
Ri. Adormeci a rir. Acordei a rir. Passei os dias a rir.
Feliz. Voltei feliz.
E a felicidade às vezes rouba-nos as palavras.
Pensava que ia encher-me de palavras. Mas voltei vazia.
Vazia de silêncios confortáveis. Calma dentro da minha euforia espontânea. Voltei feliz, com força.
Ri. Adormeci a rir. Acordei a rir. Passei os dias a rir.
Feliz. Voltei feliz.
E a felicidade às vezes rouba-nos as palavras.
09/02/2010
O Azar Calha a Todos II e III
Só faltava carregar no "Encerrar" para não dar início a este post. Mas decidi posta-lo quanto mais não seja para um dia me lembrar e me rir com esta(s) situação(ões).
Vou tentar ser breve - para quem ate é capaz de ler este blog - mas não prometo nada.
Esta semana foi, sem sombra de dúvida, a semana mais azarenta de toda a minha vida.
Tudo começou no sábado.
O meu carro foi para a revisão depois de ter estado 2 meses a acusar qualquer-coisa-a-ver-com-o-óleo. Anyway...
A minha "diversão" começa no voltar à rotina dos transportes públicos. Passo a citar os acontecimentos:
1 - Chegada à estação de QB.
Se há alguém que odeia os "picas" esse alguém sou eu. Acho ridículo (e é nestes pontos que, inevitavelmente, o meu post vai se tornar GRANDE) que tudo gire à volta do dinheiro. Acho absolutamente Estúpido imporem coisas sem nexo para tentar sacar às pessoas o máximo de multas possível.
Então passo a contar que estou a ir maravilhada comprar o meu "título de transporte" quando descubro que aqueles cartões verdes que inventaram, supostamente, para não poluir tanto o ambiente com a emissão de muitos bilhetes de papel. Ora, essas maravilhas, no que toca a comboio só dão para um tipo de viagem. Ou seja, eu compro um e carrego com uma viagem de QB a LX, então esse cartão já não vai dar para eu usar de Sintra a QB por exemplo, porque só está formatado para um tipo de viagem. Portanto, o melhor é comprar um cartão com cada viagem que normalmente se faz e andar com uns 5 ou 6 na mala!!!!!!!!
Depois de, sem saber disto, ter comprado uma viagem ida e volta (3,40€) num destino que não pretendi, e depois de perceber que o cartão não dava para abrir as portas decidi (cabeça a minha!) de perguntar a um "senhor da CP". Pois, os senhores da CP são uns....................................................que me disseram que eu tinha de comprar outro cartão e que aquele dinheiro tinha ido janela fora.
E eu, ainda mantendo a minha calma natural que (não) tenho, compro outro cartão. Nesse mesmo instante a máquina...avaria! E eu peço ajuda ao "senhor da CP" que me diz que não sabe como resolver a situação e manda-me ir falar com o "senhor da CP" que sabe mais que ele. E eu vou. Vou e a conversa foi mais ou menos isto:
- A máquina avariou e agora não tenho como comprar o bilhete.
- Pois, mas tem de comprar na máquina.
- Sim, mas a máquina avariou.
- Pois minha menina, mas só dá para comprar na máquina.
- Então mas e agora como é que eu faço para comprar o bilhete?!?!?!
- Não sei, a máquina avariou.
Ah, então está bem. Este é o tipo de emprego que eu quero ter quando for grande!!
E discussão puxa discussão fui me embora dali e empurrei o "segurança da CP" que me estava a impedir de ir apanhar o comboio que, entretanto, já estava parado na linha. Enquanto ouvia os outros "senhores da CP" a dizer "Olhe que vai pagar 120€ de multa! Ai vai vai!".
Pensei eu que o azar já tinha acabado quando sai do comboio sem multa nenhuma.
A questão é que tive de sair do comboio a meio do percurso para ir a Faculdade...de metro.
2 - Chegada ao Metro.
Nenhum dos, então, 5 cartões que residiam na minha carteira davam para comprar uma porcaria de um bilhete de metro.
Vou eu a comprar outro e a...máquina come-me as moedas.
Reconsiderei ir falar com o "senhor do metro" mas pensei melhor não.
A aventura parecia ter acabado quando cheguei a casa e vi que as notas que me tinham pedido para ver, e a razão para tanto alarido, estavam expostas num tal e-mail de turma. Anyway...
3 - Caminho para casa às 22:30.
A minha mãe sempre me explicou todos os caminhos pelos quais não se pode andar à noite em Queluz e Massamá. Mas, para mal dos meus pecados, são esses precisamente os atalhos ideais para quem só quer é chegar a casa rápido.
Agora esta parte terei de ser necessariamente breve (ainda bem para vocês) porque...não dá para explicar pormenorizadamente.
Um rapaz, jovem, bêbado encontrou-me a caminho da "ponte mal frequentada". Agarrou-me pelo braço enquanto a estava a percorrer e desatou a tentar engatar-me, ou seja lá o que "aquilo" for. A coisa não correu bem, descontrolou-se e enfim...tiveram os meus pais de me ir buscar.
Fim da história.
Odeio subúrbios.
Hoje, segunda-feira, o azar continuo.
Decidi tratar de todos os assuntos importantes que tinha que tratar esta semana hoje, para depois estar livre.
Acordei às 7h da manhã e pus-me a caminho para a fila interminável da...Segurança Social.
"Isto demora imenso", "Nunca mais saímos daqui", "Da outra vez eram 16:30 e ainda estava no número 50" and so and so...
Nisto decidi ir às compras e tratar de outro assunto importante: as finanças.
Pouca fila, 10 minutos à espera...ok, não pode ser assim tão mau.
Agora pergunto eu, COMO, sim COMO, é que uma pessoa que fala MAL vai fazer atendimento público. E quando eu digo falar mal é tipo "kjrhfihvjgrbvhcfpjovsv" em vez de "Bom Dia Senhora". Completamente imperceptível. Agarrei no BI que lhe dei previamente e fui-me embora sem tratar de nada porque simplesmente não percebia NADA do que ela dizia.
Chego à segurança social com a senha 39 e vai na...50!! Tolerância: 3 Senhas, previamente afixado à entrada. "Tem mesmo de tirar outra senha".
....
....
121!!!!!!!
COMO, sim COMO, é que há tanta gente a ter a mesma ideia que eu de tratar tudo no mesmo dia!
Desisti de almoçar. Desisti de ir tratar da outra coisa importante que tinha de tratar: o BI. Para não perder a minha vez.
Nisto, depois de uma sesta bem tirada e de ouvir todos os comentários que se ouve neste tipo de sítios em que as pessoas ignorantes se juntam para discutir "a senhora da camisola cor-de-rosa foi ali perguntar uma coisa e já está a empatar isto tudo" ou "aquela senhora com um bebé ao colo passou de um balcão para outro não sei porquê, deve estar a tratar de..." WHO CARES????????????????????????????? Anyway...
O A ligou-me: "Ana mas isso pode-se fazer pela net!"
Ah boa!!!!!!
Fui-me embora sem pensar duas vezes.
Cheguei ao comboio e não tinha moedas.
O multibanco estava avariado.
F****** mas nada naquela estação funciona?!?!?!?!?!?
Fui ao ISA. 1 hora e meia à espera à chuva para sair uma nota e...guess what??
Não saíram.
Nisto tudo lembrei-me agora que me esqueci de comer.
Cheguei a casa.
Tenho uma dor de cabeça daquelas que parece que o mundo inteiro está a saltar à corda cá dentro.
ODEIO pessoas.
Vou tentar ser breve - para quem ate é capaz de ler este blog - mas não prometo nada.
Esta semana foi, sem sombra de dúvida, a semana mais azarenta de toda a minha vida.
Tudo começou no sábado.
O meu carro foi para a revisão depois de ter estado 2 meses a acusar qualquer-coisa-a-ver-com-o-óleo. Anyway...
A minha "diversão" começa no voltar à rotina dos transportes públicos. Passo a citar os acontecimentos:
1 - Chegada à estação de QB.
Se há alguém que odeia os "picas" esse alguém sou eu. Acho ridículo (e é nestes pontos que, inevitavelmente, o meu post vai se tornar GRANDE) que tudo gire à volta do dinheiro. Acho absolutamente Estúpido imporem coisas sem nexo para tentar sacar às pessoas o máximo de multas possível.
Então passo a contar que estou a ir maravilhada comprar o meu "título de transporte" quando descubro que aqueles cartões verdes que inventaram, supostamente, para não poluir tanto o ambiente com a emissão de muitos bilhetes de papel. Ora, essas maravilhas, no que toca a comboio só dão para um tipo de viagem. Ou seja, eu compro um e carrego com uma viagem de QB a LX, então esse cartão já não vai dar para eu usar de Sintra a QB por exemplo, porque só está formatado para um tipo de viagem. Portanto, o melhor é comprar um cartão com cada viagem que normalmente se faz e andar com uns 5 ou 6 na mala!!!!!!!!
Depois de, sem saber disto, ter comprado uma viagem ida e volta (3,40€) num destino que não pretendi, e depois de perceber que o cartão não dava para abrir as portas decidi (cabeça a minha!) de perguntar a um "senhor da CP". Pois, os senhores da CP são uns....................................................que me disseram que eu tinha de comprar outro cartão e que aquele dinheiro tinha ido janela fora.
E eu, ainda mantendo a minha calma natural que (não) tenho, compro outro cartão. Nesse mesmo instante a máquina...avaria! E eu peço ajuda ao "senhor da CP" que me diz que não sabe como resolver a situação e manda-me ir falar com o "senhor da CP" que sabe mais que ele. E eu vou. Vou e a conversa foi mais ou menos isto:
- A máquina avariou e agora não tenho como comprar o bilhete.
- Pois, mas tem de comprar na máquina.
- Sim, mas a máquina avariou.
- Pois minha menina, mas só dá para comprar na máquina.
- Então mas e agora como é que eu faço para comprar o bilhete?!?!?!
- Não sei, a máquina avariou.
Ah, então está bem. Este é o tipo de emprego que eu quero ter quando for grande!!
E discussão puxa discussão fui me embora dali e empurrei o "segurança da CP" que me estava a impedir de ir apanhar o comboio que, entretanto, já estava parado na linha. Enquanto ouvia os outros "senhores da CP" a dizer "Olhe que vai pagar 120€ de multa! Ai vai vai!".
Pensei eu que o azar já tinha acabado quando sai do comboio sem multa nenhuma.
A questão é que tive de sair do comboio a meio do percurso para ir a Faculdade...de metro.
2 - Chegada ao Metro.
Nenhum dos, então, 5 cartões que residiam na minha carteira davam para comprar uma porcaria de um bilhete de metro.
Vou eu a comprar outro e a...máquina come-me as moedas.
Reconsiderei ir falar com o "senhor do metro" mas pensei melhor não.
A aventura parecia ter acabado quando cheguei a casa e vi que as notas que me tinham pedido para ver, e a razão para tanto alarido, estavam expostas num tal e-mail de turma. Anyway...
3 - Caminho para casa às 22:30.
A minha mãe sempre me explicou todos os caminhos pelos quais não se pode andar à noite em Queluz e Massamá. Mas, para mal dos meus pecados, são esses precisamente os atalhos ideais para quem só quer é chegar a casa rápido.
Agora esta parte terei de ser necessariamente breve (ainda bem para vocês) porque...não dá para explicar pormenorizadamente.
Um rapaz, jovem, bêbado encontrou-me a caminho da "ponte mal frequentada". Agarrou-me pelo braço enquanto a estava a percorrer e desatou a tentar engatar-me, ou seja lá o que "aquilo" for. A coisa não correu bem, descontrolou-se e enfim...tiveram os meus pais de me ir buscar.
Fim da história.
Odeio subúrbios.
Hoje, segunda-feira, o azar continuo.
Decidi tratar de todos os assuntos importantes que tinha que tratar esta semana hoje, para depois estar livre.
Acordei às 7h da manhã e pus-me a caminho para a fila interminável da...Segurança Social.
"Isto demora imenso", "Nunca mais saímos daqui", "Da outra vez eram 16:30 e ainda estava no número 50" and so and so...
Nisto decidi ir às compras e tratar de outro assunto importante: as finanças.
Pouca fila, 10 minutos à espera...ok, não pode ser assim tão mau.
Agora pergunto eu, COMO, sim COMO, é que uma pessoa que fala MAL vai fazer atendimento público. E quando eu digo falar mal é tipo "kjrhfihvjgrbvhcfpjovsv" em vez de "Bom Dia Senhora". Completamente imperceptível. Agarrei no BI que lhe dei previamente e fui-me embora sem tratar de nada porque simplesmente não percebia NADA do que ela dizia.
Chego à segurança social com a senha 39 e vai na...50!! Tolerância: 3 Senhas, previamente afixado à entrada. "Tem mesmo de tirar outra senha".
....
....
121!!!!!!!
COMO, sim COMO, é que há tanta gente a ter a mesma ideia que eu de tratar tudo no mesmo dia!
Desisti de almoçar. Desisti de ir tratar da outra coisa importante que tinha de tratar: o BI. Para não perder a minha vez.
Nisto, depois de uma sesta bem tirada e de ouvir todos os comentários que se ouve neste tipo de sítios em que as pessoas ignorantes se juntam para discutir "a senhora da camisola cor-de-rosa foi ali perguntar uma coisa e já está a empatar isto tudo" ou "aquela senhora com um bebé ao colo passou de um balcão para outro não sei porquê, deve estar a tratar de..." WHO CARES????????????????????????????? Anyway...
O A ligou-me: "Ana mas isso pode-se fazer pela net!"
Ah boa!!!!!!
Fui-me embora sem pensar duas vezes.
Cheguei ao comboio e não tinha moedas.
O multibanco estava avariado.
F****** mas nada naquela estação funciona?!?!?!?!?!?
Fui ao ISA. 1 hora e meia à espera à chuva para sair uma nota e...guess what??
Não saíram.
Nisto tudo lembrei-me agora que me esqueci de comer.
Cheguei a casa.
Tenho uma dor de cabeça daquelas que parece que o mundo inteiro está a saltar à corda cá dentro.
ODEIO pessoas.
05/02/2010
03/02/2010
Hormonas
"
Olho para ti e sinto uma emoção
Eu acho que é amor
Sinto-me a derreter
Este nosso encontro
É bom até demais
Se eu estou contigo
Eu quero sempre mais.
Eu acho que é amor,
Começo a derreter
"
='x
(amanhã lembrar de apagar este post.)
01/02/2010
Maybe it's not a big deal...
Sempre achei que nunca iria passar o limite entre o ser criança e o ser adulto. Que mesmo depois das crises de adolescente, dos choros, dos risos por coisa nenhuma...mesmo assim nada disso desapareceu por completo. O lugar-criança que guardo é das coisas que mais me definem como ser humano.
O lugar da fantasia, dos sonhos por viver e por acreditar. O lugar dos sítios patetas, das músicas das Onda Choc ou das Chiquititas. O lugar onde há espaço para gostar da Floribella e do Recreio. Onde há espaço para chorar no fim do Papuça e Dentuça. O lugar de conforto eterno. Eterno conforto.
A questão é...quando é que nos apercebemos que esse lugar se desmorona? Qual é o limiar dessa destruição involuntária?
Quando? Quando é que deixamos de facto de ser crianças e damos esse Lugar ao ser frio e insensível que vive do outro lado? Ao ser que diz "nem penses" a um mergulho no mar às tantas da manhã. Que não pensa duas vezes em recusar uma foto com o Pai Natal. Que se esquece do que se calhar é o mais importante... Há coisas com as quais não conseguiria viver sem. E é difícil arranjar uma pela qual viva por.
Mas se calhar hoje descobri-a. Hoje descobri que vivo para ser a criança que sempre fui. Porque é nela que vou buscar os sorrisos mais sinceros, mais inesquecíveis que já vivi. As histórias mais comoventes, os momentos mais especiais. E é por ela que vivo. Porque sem ela, apenas sobrevivia.
Serve o presente post para dizer que este ano, pela primeira vez em 20 anos, não me vou mascarar no Carnaval. E se calhar não é assim tão importante. E se calhar não é caso para pôr tudo isto em causa. Mas foi o que me ocorreu. Foi a minha maneira de agir.
E de repente percebi que até nisso sou criança. Penso em tudo em pequeno. Quando o abraço só penso no quanto gosto dele. Não dou abraços de graça. Nem beijos de graça. Quando dou é porque gosto. Amo.
Amo.
O lugar da fantasia, dos sonhos por viver e por acreditar. O lugar dos sítios patetas, das músicas das Onda Choc ou das Chiquititas. O lugar onde há espaço para gostar da Floribella e do Recreio. Onde há espaço para chorar no fim do Papuça e Dentuça. O lugar de conforto eterno. Eterno conforto.
A questão é...quando é que nos apercebemos que esse lugar se desmorona? Qual é o limiar dessa destruição involuntária?
Quando? Quando é que deixamos de facto de ser crianças e damos esse Lugar ao ser frio e insensível que vive do outro lado? Ao ser que diz "nem penses" a um mergulho no mar às tantas da manhã. Que não pensa duas vezes em recusar uma foto com o Pai Natal. Que se esquece do que se calhar é o mais importante... Há coisas com as quais não conseguiria viver sem. E é difícil arranjar uma pela qual viva por.
Mas se calhar hoje descobri-a. Hoje descobri que vivo para ser a criança que sempre fui. Porque é nela que vou buscar os sorrisos mais sinceros, mais inesquecíveis que já vivi. As histórias mais comoventes, os momentos mais especiais. E é por ela que vivo. Porque sem ela, apenas sobrevivia.
Serve o presente post para dizer que este ano, pela primeira vez em 20 anos, não me vou mascarar no Carnaval. E se calhar não é assim tão importante. E se calhar não é caso para pôr tudo isto em causa. Mas foi o que me ocorreu. Foi a minha maneira de agir.
E de repente percebi que até nisso sou criança. Penso em tudo em pequeno. Quando o abraço só penso no quanto gosto dele. Não dou abraços de graça. Nem beijos de graça. Quando dou é porque gosto. Amo.
Amo.
23/01/2010
A vida é um peido azul no meio do universo .
Há coisas que às vezes acontecem e lançam uma grande gota num copo de água já cheio.
Às vezes corro cheia de vontade de sair daqui, às vezes prendo-me a coisas que não são mais reais para ter a certeza que ainda consigo largar um sorriso numa praia que já não pertenço há tanto tempo.
Podemos fingir os sinais. Podemos fingir que gostamos da rotina que nos transporta. Mas esse fingimento só nos leva a um beco sem saída e escuro como a noite fria.
Hoje gelou-me. Não foi um exame que me gelou. Foi um caminho que não pretendo seguir e que sigo com forças que não percebo de onde vêm. Não é isto que quero. E um querer é algo forte, é algo que vive connosco e condiciona toda a nossa vida e existência. Se um querer não é seguido, então tudo deixa de fazer sentido e as horas passam como gotas de chuva sem razão aparente para cair.
Esta é a verdade. Quero me ir embora. Estou desejosa e conto os segundos de trás para a frente numa ansiedade que tudo isto acabe rápido depressa...ou demais.
Não quero perder o que tenho por outro lado. O copo transborda mas tudo o resto é enfeitado por sorrisos que me deixarão de pertencer quando me for embora. É uma felicidade dividida em bocados de arrependimento. Bocados enormes de Se's que ficaram por acontecer presos a teias de momentos vividos ou não vividos.
Sou assim. E se não fosse assim não era eu. Quero e anseio. E ao mesmo tempo tremo de medo e de solidão. Uma parte de mim é tudo, outra é coisa nenhuma.
Às vezes corro cheia de vontade de sair daqui, às vezes prendo-me a coisas que não são mais reais para ter a certeza que ainda consigo largar um sorriso numa praia que já não pertenço há tanto tempo.
Podemos fingir os sinais. Podemos fingir que gostamos da rotina que nos transporta. Mas esse fingimento só nos leva a um beco sem saída e escuro como a noite fria.
Hoje gelou-me. Não foi um exame que me gelou. Foi um caminho que não pretendo seguir e que sigo com forças que não percebo de onde vêm. Não é isto que quero. E um querer é algo forte, é algo que vive connosco e condiciona toda a nossa vida e existência. Se um querer não é seguido, então tudo deixa de fazer sentido e as horas passam como gotas de chuva sem razão aparente para cair.
Esta é a verdade. Quero me ir embora. Estou desejosa e conto os segundos de trás para a frente numa ansiedade que tudo isto acabe rápido depressa...ou demais.
Não quero perder o que tenho por outro lado. O copo transborda mas tudo o resto é enfeitado por sorrisos que me deixarão de pertencer quando me for embora. É uma felicidade dividida em bocados de arrependimento. Bocados enormes de Se's que ficaram por acontecer presos a teias de momentos vividos ou não vividos.
Sou assim. E se não fosse assim não era eu. Quero e anseio. E ao mesmo tempo tremo de medo e de solidão. Uma parte de mim é tudo, outra é coisa nenhuma.
14/01/2010
wtv
Não te direi porque não posso. Mas se pudesse diria. Diria.
E dava-te tudo o que querias. Dava. Mesmo que me fosses buscar a porta com uma travessa com um copo de água e um prato com bocadinhos de ilusão.
Dava-te o mundo porque era isso que me podia fazer realmente feliz. Mas não faz. Vivo no aquém do que posso ser contigo sem o ser de facto. Nesta liberdade que tanto me sufoca como me deixa...livre. Estes sentimentos desordenados que não consigo compreender. Já chega. Já chega de paixão...já chega de entregas precipitadas e atitudes impulsivas. Já chega de estar apaixonada. Agora quero Amar.
Amar. Como já amei. Como quero amar...
E procurar um amor que já existe é a maior frustração que pode haver.
E dava-te tudo o que querias. Dava. Mesmo que me fosses buscar a porta com uma travessa com um copo de água e um prato com bocadinhos de ilusão.
Dava-te o mundo porque era isso que me podia fazer realmente feliz. Mas não faz. Vivo no aquém do que posso ser contigo sem o ser de facto. Nesta liberdade que tanto me sufoca como me deixa...livre. Estes sentimentos desordenados que não consigo compreender. Já chega. Já chega de paixão...já chega de entregas precipitadas e atitudes impulsivas. Já chega de estar apaixonada. Agora quero Amar.
Amar. Como já amei. Como quero amar...
E procurar um amor que já existe é a maior frustração que pode haver.
13/01/2010
10/01/2010
Dreams are Dreams
Odeio sonhar contigo.
Roubas-me a serenidade. A certeza de que é sem ti que estou bem. Começa-se a desfazer em bocados de vidro estilhaçados. Não tens culpa...mas sabes que vai ser sempre assim, vai ser sempre um túmulo rígido e frio do qual não podemos nunca falar nem mencionar.
Falas comigo sem querer. Não quero.
"If you, if you could return
Don't let it burn, don't let it fade
...
But I'm in so deep
You know I'm such a fool for you"
Roubas-me a serenidade. A certeza de que é sem ti que estou bem. Começa-se a desfazer em bocados de vidro estilhaçados. Não tens culpa...mas sabes que vai ser sempre assim, vai ser sempre um túmulo rígido e frio do qual não podemos nunca falar nem mencionar.
Falas comigo sem querer. Não quero.
"If you, if you could return
Don't let it burn, don't let it fade
...
But I'm in so deep
You know I'm such a fool for you"
06/01/2010
04/01/2010
The Second One : Music
The words have been drained from this pencil...sweet words that I want to give you. And I can't sleep, I need to tell you goodnight.
When we're together I feel perfect, when I'm pulled away from you I fall apart. All you say is sacred to me, your eyes are so blue...I can't look away as we lay in the stillness.
You whisper to me: 'Marry me and promise you'll stay with me'. You don't have to ask me. You know you're all that I live for, you know i'd die just to hold you and stay with you.
Some how I'll show you that you are my night sky, that I've always been right behind you. Now I'll always be right beside you.
So many nights I've cried myself to sleep but now that you love me I love my self. I never thought i would say this, I never thought there'd be...you.
Evanescence - You
When we're together I feel perfect, when I'm pulled away from you I fall apart. All you say is sacred to me, your eyes are so blue...I can't look away as we lay in the stillness.
You whisper to me: 'Marry me and promise you'll stay with me'. You don't have to ask me. You know you're all that I live for, you know i'd die just to hold you and stay with you.
Some how I'll show you that you are my night sky, that I've always been right behind you. Now I'll always be right beside you.
So many nights I've cried myself to sleep but now that you love me I love my self. I never thought i would say this, I never thought there'd be...you.
Evanescence - You
03/01/2010
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